As temperaturas mais baixas que chegaram à cidade de São Paulo para o Dia das Mães devem continuar ao longo desta semana, apontam as previsões da Prefeitura. Enquanto isso, índices de seca acendem alertas no Centro Sul, e chuvas fortes deixam partes da região Norte em estado de atenção.
A sensação de frio na capital paulista vai ocorrer especialmente durante as madrugadas, disse a Defesa Civil Municipal após decretar estado de atenção para baixas temperaturas em toda a cidade desde o domingo 11. Com os termômetros abaixo da média para o mês de maio, São Paulo deve registrar mínimas de 14°C e máxima de 20°C para os próximos dias.
Até sexta-feira 16, a previsão do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) aponta um aumento nos termômetros, com máxima de 26º antes do fim de semana. Apesar do tempo nublado ser predominante para os próximos dias, podem ocorrer chuvas isoladas na capital paulista.
No Brasil, a chuva só deve chegar com força na região Norte, o que fez o INMET declarar estado de perigo potencial para Roraima, Amapá e norte do Amazonas e Pará.
Parte do Brasil em alerta para seca
Após uma seca recorde em 2024, a chegada do período menos chuvoso na região central do Brasil gera apreensão –e com motivos. Segundo o Índice Integrado de Seca de abril, feito pelo CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), houve aumento no número de municípios que estão sob seca moderada.
Apesar de o mesmo índice apontar menos cidades em situação de seca severa e extrema, o problema se dá no estado prolongado da estiagem, que gera impactos mais severos na agricultura, pastagem e no uso da terra a longo prazo.
“Essa mudança sinaliza uma tendência de intensificação das condições de seca em pelo menos 400 municípios, que, embora não estejam em cenário crítico, exigem monitoramento contínuo”, diz o informe do CEMADEN para o último mês. Municípios no Rio Grande do Sul, Bahia, Alagoas e Sergipe são os que precisam acompanhar mais de perto a situação de alerta às secas.
A imprevisibilidade meteorológica é uma das condições que gera especulação sobre o preço da comida no Brasil, segundo órgãos especializados como o Instituto Brasileiro de Economia da FGV, o IBRE. O último IPCA apontou inflação de 0,82% para alimentos e bebidas no último mês, tema que vem pressionando o governo Lula.