Foto de Tuca Vieira que mostra Paraisópolis e prédio de luxo do Morumbi rodou o mundo e virou símbolo da desigualdade social. Foto: Tuca Vieira

Por Leonardo Sakamoto, no Uol

Pesquisa Genial/Quaest revela que uma parcela maior dos brasileiros atribui a riqueza no país ao fato de a pessoa ter nascido em uma família rica: 26% dos entrevistados consideram essa a principal razão para alguém ser rico no Brasil. A margem de erro é de dois pontos, com um nível de confiança de 95%.

O trabalho mais duro que o normal e o acesso a mais educação aparecem empatados em segundo lugar, cada um com 14% das respostas, seguidos por desonestidade e ter tido mais oportunidades, ambos com 13%.

Fatores como ter bons contatos (5%), sorte e possuir mais habilidade que o normal (4%) ou ser uma pessoa branca (1%) completam a lista. Apenas 5% dos entrevistados não souberam ou não responderam à pergunta.

Ironicamente, no país que celebra o empreendedorismo, há apenas 14% que veem a riqueza como fruto do esforço pessoal.

Favela no Brasil. Foto: ilustração

A análise por classe social mostrou que a percepção de que a riqueza vem do nascimento em família abastada é mais forte entre as classes baixa (27%) e média alta (29%), enquanto na classe alta apenas 10% apontaram essa razão. Ou seja, a classe alta não vê a sai riqueza como mérito hereditário.

Já o acesso à educação foi mais citado pela classe alta (23%) em comparação com as demais. A desonestidade também foi mais associada à riqueza pela classe alta (19%) do que pelas outras faixas de renda.

E enquanto 8% da classe alta acreditam que ser branco é a principal razão para ser rico, 1% das classes baixa, média baixa e média alta compartilha dessa opinião.

Quando considerada a renda familiar, a pesquisa revelou que a visão de que a riqueza vem do nascimento em família rica é mais frequente entre os que ganham mais de cinco salários mínimos (27%). Entre os que ganham até dois salários mínimos, 23% apontaram essa razão, e entre dois e cinco salários, 24%.

O trabalho duro (15%) e acesso a mais educação (17%) foram mais valorizados pelos que ganham mais de cinco salários mínimos.

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Last Update: 26/07/2025