Mesmo com a conversa de paz, que está em praticamente toda a imprensa mundial entre a guerra da Rússia contra Ucrânia/OTAN, nas duas ultimas semanas os ataques de ambos os lados se intensificaram. Setores da imprensa apontam que o aumento significativo desses ataques se deram após o telefone envolvendo o líder russo, Putin e o presidente dos Estados Unidos, Trump.
Segundo a RT, com informações do Ministério de Defesa russo, Quieve lançou centenas de drones contra o território da Rússia entre a terça-feira (20) e sexta-feira (23). O Ministério das Relações Exteriores em Moscou informou que 764 drones foram interceptados em território russo entre terça e sexta-feira. Ainda segundo o Ministério da Defesa, a escala do ataque não diminuiu, com centenas de outros drones sendo destruídos no sábado (24) e domingo (25).
O comandante de uma divisão de defesa aérea, Yury Dashkin, revelou em uma entrevista para o canal Rússia 1 transmitida no domingo (25), que o helicóptero que transportava o presidente russo Vladimir Putin foi pego no “epicentro” de um grande ataque de drones ucranianos enquanto o presidente visitava a região de Kursk no início desta semana – terça-feira. Putin viajou para a região de Kursk, na Rússia, pela primeira vez desde que foi totalmente libertada das forças ucranianas em abril.
Segundo a RT, Dashkin revelou que o helicóptero de Putin se encontrou “no epicentro de uma operação para repelir um ataque massivo de drones do inimigo” na região de Kursk. As unidades de defesa aérea na área tiveram que “conduzir simultaneamente o combate antiaéreo e garantir a segurança do helicóptero presidencial no ar. A tarefa foi cumprida. O ataque dos drones inimigos foi repelido, com todos os alvos aéreos atingidos”, afirmou Dashkin.
Em retaliação ao ataque massivo dos ucranianos, a Rússia lançou uma série de ataques de longo alcance contra a Ucrânia, incluindo um contra uma fábrica em Quieve que, segundo o Ministério da Defesa russo, era usada para produzir drones de asa fixa. Outros locais militares também foram atingidos. Modelo este de aeronave – drones de asa fixa -, que foi o mais comum durante a tentativa de interceptar o helicóptero do presidente russo em sua visita a Kursk.
O presidente dos EUA, Trump, com certo cinismo e ignorando completamente o fato de que os ataques massivos de drones contra o território russo começou a partir das forças militares ucranianas, criticou o desenrolar dos eventos acontecidos durante a semana passada. Em uma publicação nas redes sociais no domingo, Trump acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de “disparar foguetes contra Quieve” sem justificativa e disse que a retórica do ucraniano Vladimir Zelensky era contraproducente, afirmando que “tudo o que sai da sua boca causa problemas”.
“Não estou satisfeito com o que Putin está fazendo”, disse ele. “Estamos no meio de uma conversa e ele está disparando foguetes contra Quieve e outras cidades. Não estou gostando nada disso… Vamos ver o que vou fazer.” “Sempre tive um ótimo relacionamento com Vladimir Putin, da Rússia, mas algo aconteceu com ele. Ele ficou completamente louco!”. – disse Trump a jornalistas no domingo.
Nesta segunda-feira (26), o Ministério da Defesa russo informou que mais de 150 drones ucranianos de longo alcance foram abatidos em apenas 24 horas. Em um resumo das recentes operações antidrones divulgado pela manhã, o ministério informou que 96 drones foram interceptados desde as 20h de domingo. Acrescentando que um total de 148 drones foram abatidos no período de 22 horas, entre as 10h de domingo e as 8h de segunda-feira, horário local.
Também nesta segunda-feira (26) o porta-voz do Crêmlin, Dmitry Peskov, a confirmou que os últimos ataques russos à Ucrânia devem ser interpretados como uma resposta. “Vemos os ucranianos atacando nossas instalações de infraestrutura social e civil. Este é um ataque retaliatório. E o ataque tem como alvo instalações militares, alvos militares”, disse ele. Peskov também enfatizou que Putin toma decisões “necessárias para a segurança do nosso país”.
Sobre os acontecidos durante a semana passada, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirma que se trata de uma tentativa de atrapalhar as negociações de paz mediadas pelos EUA entre Moscou e Quieve. O Ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov disse que “algumas nações europeias lideradas pelo Reino Unido, França, Alemanha e a liderança da UE”, que estão apoiando Quieve e querem que o conflito continue, têm alguma responsabilidade pelos ataques de drones.