Como de costume, o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, iniciou a mais recente edição da Análise Política da Semana discutindo a questão da liberdade de expressão. “O sionismo desmascarou completamente a farsa de que a censura era necessária”, explicou o dirigente trotskista no último sábado (20), polemizando com a esquerda identitária. “Eles [identitários] inventaram a tese de que nenhum direito é absoluto. É o extremo oposto: se não é absoluto, então não é direito”.
Segundo o presidente do PCO, no Brasil, o caso mais absurdo no que diz respeito às liberdades democráticas é o do direito de greve. “Começaram a criar todo tipo de medida para impedir que a greve aconteça. Atualmente, a justiça declara a greve abusiva e a proíbe. Praticamente todas as greves no Brasil sofrem interferência judicial”, disparou Pimenta.
Rui Pimenta também aproveitou o debate sobre a liberdade de expressão para falar sobre o processo surreal do qual é vítima. O dirigente depôs à Polícia Federal no dia 19 de julho, como parte de um inquérito por suposta incitação ao racismo. A investigação, de cunho claramente político, foi aberta após denúncias de representantes do sionismo no Brasil – em especial, da Confederação Israelita do Brasil (Conib).
Passado o debate sobre a liberdade de expressão, Rui Pimenta discutiu o atentado contra Donald Trump, que completou uma semana justamente no dia em que o programa da Causa Operária TV foi ao ar. Para o presidente do PCO, o principal suspeito do atentado contra o ex-presidente é o próprio Estado norte-americano:
“Se existe alguém no mundo inteiro em toda a história que é capaz de fazer algo assim é o Estado norte-americano. Eles fizeram isso em diversas oportunidades e fazem até hoje. O primeiro-ministro da Eslováquia, que sofreu um atentado, acusou a OTAN.”
A tentativa de assassinato de Trump aconteceu dois dias antes da Convenção Republicana. Ele teria apenas um concorrente, Nikki Haley, a única republicana entre as 20 pessoas que mais recebem financiamento dos sionistas nos Estados Unidos. “Ela tem a política do velho partido republicano. Se Trump morresse, ela seria a candidata do velho partido republicano. Ou seja, o jogo estaria fechado. Uma pessoa do aparato [sionista] em cada partido”.
Para Pimenta, no entanto, o mais estranho de todo o caso é o suposto atirador. “Ele tinha 20 anos e não era militar. Ele deu um tiro, de acordo com um especialista russo, perfeito. Eles deram azar que Trump na hora tirou a cabeça do lugar. Para um especialista 150m de distância é fácil acertar, mas como o rapaz que não é especialista conseguiu acertar?”, indagou o presidente do PCO.
Quanto à política nacional, o dirigente trotskista discutiu em detalhes a mais recente crise em torno do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que acaba de anunciar um corte de R$15 bilhões. “Um governo popular deveria fazer auditoria da dívida da pública. Uma organização há anos pede essa auditoria. Uma parte dessa dívida não deveria nem mesmo ser reconhecida. O governo pode estar incapacitado de fazer uma política contra isso, mas é absurdo aplaudir o que Haddad está fazendo”.