O secretário de Estado americano, Marco Rubio, manteve neste sábado (17) uma nova conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para tratar da situação na Faixa de Gaza, segundo um comunicado do Departamento de Estado, enquanto Israel intensifica sua ofensiva na região.

“Eles abordaram a situação em Gaza e seus esforços conjuntos para conseguir a libertação de todos os reféns restantes” mantidos pelo movimento islamista palestino Hamas, declarou a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce. Rubio fez a ligação de Roma, onde participará no domingo da missa inaugural do papado de Leão XIV, o primeiro papa americano.

Em uma entrevista à CBS, que será exibida no mesmo dia, o secretário de Estado reitera seu apelo por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. “Apoiamos o fim do conflito, um cessar-fogo. Não queremos que as pessoas sofram como têm sofrido, e culpamos o Hamas por isso, mas o fato é que estão sofrendo”, declarou. “Na ausência de um acordo, prevemos que Israel continuará com suas operações”, disse ele, sem fazer comentários diretos sobre a nova ofensiva israelense.

Na sexta-feira, em Abu Dhabi, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Washington “vai garantir que isso seja resolvido”. “Muita gente está passando fome. Por isso estamos participando ativamente da busca por uma forma de libertar mais reféns por meio de um mecanismo semelhante a um cessar-fogo”, declarou Rubio.

O Hamas informou que uma nova rodada de negociações indiretas com Israel para pôr fim à guerra havia começado em Doha “sem condições prévias”. “Não faremos nada que possa prejudicar Israel nem sua segurança, mas, se for possível encontrar uma solução que permita a libertação de mais reféns (…) e ponha fim a esta guerra de forma a colocar o povo de Gaza no caminho da paz e da prosperidade e o libere do Hamas, exploraremos essa possibilidade”, afirmou Rubio.

“Acreditamos que houve avanços, mas ainda há trabalho a ser feito. Espero ter boas notícias em breve sobre isso, mas acho que ainda restam alguns obstáculos”. Ele acrescentou que “se o Hamas se rendesse, entregasse suas armas, se desmilitarizasse e libertasse todos os reféns, inclusive os mortos, o conflito terminaria”.

“Não pode haver paz nem prosperidade em Gaza enquanto o Hamas a governar pela força das armas”, concluiu o chefe da diplomacia americana.

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Last Update: 17/05/2025