Vou me consumir em plena luz do dia

por Romério Rômulo

Aqui estão, num despertar profundo
cada função anêmica do mundo

A treva solta e toda ela treva
num estado de missão que sempre leva

Em cada pata de ferro, monte, erro
a dura transgressão do meu desterro

Já vil, Cabral, moeda a todo passo
infecto em vida e em pedaço

No saibro de um corpo, relampejo
e cada osso é um ato de desejo

Quanto é mundo aqui? Quanto é viela?
se ela não me cabe e eu caibo nela?

Romério Rômulo (poeta prosador) nasceu em Felixlândia, Minas Gerais, e mora em Ouro Preto, onde é professor de Economia Política da UFOP e um dos fundadores do Instituto Cultural Carlos Scliar – Rio de Janeiro RJ.

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Última Atualização: 19/07/2024