O senador Rogério Carvalho (PT-SE) reiterou, em entrevista à Rádio Jornal em Aracaju, que a justiça deve dar prioridade ao processo da Polícia Federal que indiciou ex-assessores do ex-governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (Podemos), e da campanha do atual governador, Fábio Mitidieri (PSD), por manipularem áudios do presidente Lula com o objetivo de prejudicar a campanha do petista nas eleições de 2022.
Carvalho ressaltou que “o que está em jogo é a defesa e manutenção da nossa democracia, para que fatos como estes não se repitam nos próximos pleitos”. “Portanto, precisamos lutar para que a verdade seja a prioridade e, assim, conseguirmos manter a legitimidade das eleições e liberdade do nosso povo”, afirmou.
“As pessoas acham que um fato como esse é de pouca importância, mas é extremamente relevante e grave porque pode mudar o resultado de uma eleição. É preciso que todos compreendam a gravidade desse crime porque foram manipulados áudios e vídeos falsos onde o presidente Lula era usado como um cabo eleitoral contra a nossa candidatura, sendo que isso jamais existiu e foi provado pela Polícia Federal”, acrescentou.
O petista reforçou a total confiança no trabalho de investigação feito pela PF, trazendo comprovação ao fato de um trio ter montado uma organização criminosa com objetivo de produzir documentos falsos e divulgá-los nas redes sociais para prejudicar o adversário.
“O que aconteceu aqui acabou interferindo e definindo o resultado que não era da vontade da maioria. Por isso estamos batalhando para que a ação de investigação judicial eleitoral se desenvolva para que se tenha mais agilidade”, ressaltou.
“Sabemos que o trabalho da PF foi indiscutível neste caso particular, e sabemos que tem muitas outras coisas para virem à tona, mas nós estamos falando de uma coisa muito importante que é a democracia, então acho que fatos dessa natureza precisam ser apurados. O que queremos é que a população saiba o que aconteceu. Quando alguém fala que tem o apoio da máquina, o que significa isso? Que vai utilizar os cargos comissionados, como cabos eleitorais, enquanto isso o povo está desempregado vai utilizar, sem assistência e sem dignidade. A máquina pública não deve ser uma vantagem para uma pessoa determinada na disputa de uma eleição e é preciso investigar, não somente aqui, mas em todo o Brasil, como vai ser dado o uso das máquinas”, concluiu.