Em entrevista a Piers Morgan, jornalista do Reino Unido, no dia 2 de julho, o músico Roger Waters, da aclamada banda de rock britânica Pink Floyd, declarou que as acusações de que o Hamas teria estuprado mulheres israelenses durante a deflagração da Operação Dilúvio de Al-Aqsa em 7 de outubro de 2023 foram fabricadas por “Israel”.

Morgan, por sua vez, tentou pressionar o músico afirmando que os supostos estupros foram confirmados por um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, tal relatório, desacreditado por diversas organizações e jornalistas diferentes, utiliza como base fontes israelenses. Ou seja, trata-se de um documento que reproduz o que “Israel” fala sobre seus inimigos.

Logo no dia 3 de julho, uma organização sionista de mulheres, a Naamat, pediu a uma estação de rádio israelense que não transmitisse as músicas de Waters. “Seus comentários da noite passada juntam-se a vários comentários anteriores que são fundamentalmente antissemitas e puramente cruéis. A coisa moral e correta a fazer é não ser parceiro nos royalties que ele recebe por ouvir suas músicas”, escreveu a presidente do Naamat, Hagit Peer.

O CEO da echo99fm, Noam Cohen Geffen, acatou o pedido, afirmando:

“Desde o início da guerra, com os comentários anteriores de Waters, paramos quase totalmente de exibir suas músicas e as da estimada banda Pink Floyd, e elas são tocadas em dedicatórias e a pedido. Ficamos abalados com a entrevista e naturalmente não iremos ao ar suas músicas em um futuro próximo.”

Categorizado em:

Governo Lula,

Última Atualização: 10/07/2024