A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a manutenção da prisão do ex-deputado federal Ricardo Jefferson. E há motivos plausíveis para isso. Em outubro de 2022, às vésperas do segundo turno das eleições, Jefferson resistiu ao cumprimento de um mandado de prisão.
A ordem veio do ministro Alexandre de Moraes, após Jefferson publicar um vídeo ofensivo na internet xingando a ministra Cármen Lúcia com palavras de baixo calão.
A cena em Comendador Levy Gasparian (RJ) foi digna de um filme de ação, mas sem glamour: Jefferson recebeu os policiais a tiros de fuzil e lançou granadas contra eles, colocando em risco a vida de todos. Não é de se surpreender que a Polícia Federal o tenha indiciado por quatro tentativas de homicídio.
A PGR é categórica em sua posição: Jefferson deve permanecer preso. E, embora uma junta médica oficial deva avaliar suas condições de saúde, isso não pode servir como desculpa para soltá-lo.
A defesa de Jefferson argumenta que ele sofre de colangite e outros problemas de saúde, mas essas alegações precisam ser minuciosamente verificadas por profissionais competentes.
“A manifestação é pela manutenção da prisão preventiva, com a submissão do investigado à junta médica oficial para que aponte, de forma discriminada, quais tratamentos são estritamente necessários à saúde de Ricardo Jefferson Monteiro Francisco, bem como eventual contraindicação ao tratamento das enfermidades em ambiência prisional e/ou hospitalar”, diz a procuradoria.
O pedido de soltura será analisado por Alexandre de Moraes, relator do caso. Não há prazo definido para a decisão.