A polícia do Rio de Janeiro deflagrou, nesta quarta-feira (15), mais uma etapa da Operação Torniquete. Desta vez, o foco foi no núcleo financeiro do Comando Vermelho. A ofensiva, que visava desarticular o esquema conhecido como “Caixinha”, resultou na morte de três suspeitos em confronto, além de 12 prisões e quatro feridos, incluindo um policial do Bope.
A operação mirou 13 alvos principais, mas um deles já havia sido morto em disputa entre facções rivais. Foram cumpridos oito mandados de prisão, enquanto cinco continuam foragidos. Outros quatro indivíduos foram presos em flagrante. Os alvos da ação foram:
- André Mota de Souza, preso
- Elton da Conceição, o PQD da CDD
- Gilberto Rocha da Silva Júnior
- Givanilda Gomes da Silva, presa
- Jorge Pereira de Jesus, preso
- José Luiz Lima
- Luiz Claudio da Silva, o Sujão, morto
- Mariana Miranda de Jesus, presa
- Marlene Miranda de Jesus, presa
- Ramirez Cristine da Silva dos Santos, presa
- Roberta Guerra Aleixo, presa
- Rosane Keller da Silva Mendes
- Rosângela Aparecida da Silva, presa
- Thayná Silveira de Farias
Traficantes do Complexo do Alemão ergueram barricadas, jogaram óleo no asfalto e improvisaram bloqueios com trilhos de trem para atrasar o avanço dos blindados policiais. Em um dos incidentes, um Caveirão derrapou em uma ladeira e colidiu com três carros e uma moto.
Vídeo: caveirão do Bope derrapa em óleo derramado por bandidos durante operação no Rio
Ação foca em bandidos que fazem parte da “caixinha” do Comando Vermelhohttps://t.co/ceDsHQ0QaD pic.twitter.com/Kcc2t6ifw7
— Jornal Correio (@correio24horas) January 15, 2025
O uso de retroescavadeiras e maçaricos foi necessário para superar os obstáculos. Moradores denunciaram invasões de residências e revistas sem autorização judicial por parte de agentes.
O principal alvo da operação é Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, apontado como líder do esquema financeiro da facção. Ele é acusado de comandar crimes como execuções, sequestros e invasões a comunidades.
As investigações, conduzidas com o apoio do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro, identificaram cerca de 5 mil operações financeiras fraudulentas, somando R$ 21 milhões. Os mandados de prisão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e estão sendo cumpridos em várias localidades do estado, além da Bahia e da Paraíba.
O “Caixinha” da facção é abastecido por atividades como roubos de veículos, furtos de cargas, extorsões e tráfico de drogas. Esses recursos financiam operações criminosas, incluindo a compra de armas e subornos.
A operação gerou transtornos na região, com o fechamento de vias importantes, como a Estrada do Itararé e a Avenida Itaóca. Clínicas da família suspenderam o atendimento, e seis linhas de ônibus precisaram alterar seus itinerários.
O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, confirmou que houve indícios de vazamento da operação, mas negou que isso tenha comprometido os resultados. “Já cumprimos metade dos mandados e seguimos avançando para desarticular completamente essa estrutura criminosa”, afirmou.
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