Principal escolha do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), para o cargo de vice em sua chapa de reeleição, o deputado federal Luís Carlos (PSD-RJ) solicitou nesta segunda-feira para não ser indicado ao posto. Esse movimento ocorre apenas dois dias após a candidatura de Paes ser oficializada na convenção do PSD, realizada no último sábado, com a vaga de vice ainda em aberto. Com informações do site “Agenda do Poder”.
Paes e Luís Carlos se encontraram nesta segunda-feira, e o deputado explicou ao prefeito que sua decisão de não participar da eleição se deve à suposta existência de um vídeo íntimo, que poderia ser utilizado por adversários durante a campanha.
O prefeito Eduardo Paes confirmou que foi procurado por Luís Carlos com um pedido para que não seja indicado ao cargo de vice devido ao suposto vídeo íntimo. O prefeito declarou que não se manifestará no momento e que só fará comentários sobre a indicação de vice no momento apropriado.
O afastamento de Luís Carlos da chapa de Paes ocorre com o intuito de proteger seus familiares de eventuais desgastes, caso a suposta existência do vídeo seja explorada pelos adversários do atual prefeito. A vida pessoal do deputado já foi alvo de ataques de opositores na eleição municipal de 2016, quando ele concorreu à prefeitura como sucessor de Paes.
Naquela ocasião, surgiu um boletim de ocorrência registrado pela ex-mulher de Luís Carlos, Alexandra Marcondes, no qual ela relatou agressões do parlamentar. Devido ao foro privilegiado, o caso de Luís Carlos foi analisado no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo seria posteriormente arquivado seguindo recomendação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que não encontrou provas da agressão e inocentou o deputado.
Durante a campanha de 2016, no entanto, o caso abalou a imagem de Luís Carlos, que acabou fora do segundo turno — disputado na ocasião por Marcelo Crivella (Republicanos), que se elegeria prefeito, e Marcelo Freixo, então no PSOL.
Caso Luís Carlos não seja indicado como vice de Paes, o favorito para o posto passa a ser o deputado estadual e ex-secretário municipal de Casa Civil, Eduardo Cavaliere (PSD). Tanto Cavaliere quanto Luís Carlos fazem parte do círculo de confiança de Paes, que deseja ter um vice de seu núcleo próximo na campanha à reeleição. Aliados especulam que Paes, caso reeleito, poderia renunciar à prefeitura em 2026 para concorrer ao governo estadual, deixando o cargo com seu vice.
Outro nome cogitado para o cargo é o presidente da Câmara de Vereadores do Rio, Carlo Caiado (PSD). Aliado histórico da família do ex-prefeito Cesar Maia, que lançou Paes na vida pública, Caiado é considerado um nome com maior trânsito na política carioca, em comparação a Cavaliere. O ex-secretário de Paes, por outro lado, é visto como alguém intimamente ligado ao prefeito.
Antes do pedido de Luís Carlos para não integrar a chapa de Paes, o deputado e o prefeito estavam cumprindo agendas políticas juntos. Além da convenção partidária do PSD no sábado, Luís Carlos esteve ao lado de Paes em um evento no qual o Podemos oficializou, no domingo, que fará parte da coligação do atual prefeito. Ambos também compareceram, no fim de semana, a um evento de lançamento da candidatura do vereador Atila Nunes (PSD) em uma quadra de escola de samba.
Interlocutores de Paes disseram ter sido surpreendidos com o movimento de Luís Carlos, que poderia reabrir a discussão sobre a composição da chapa do atual prefeito às vésperas da campanha, que já parecia consolidada a favor do deputado.
O período de convenções partidárias, quando os partidos escolhem seus candidatos ou formalizam alianças, vai até o próximo dia 6. O registro de candidaturas pode ser feito na Justiça Eleitoral até o dia 15, véspera do início oficial das atividades de campanha e da propaganda eleitoral em rádio e TV.
Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link