Ricardo Nunes se diverte com GCM: ‘gás de pimenta nos vagabundos’

O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), tem sido muito criticado nas redes sociais por sua apologia à violência policial. Ele aparece em um vídeo gravado durante a formatura da Guarda Civil Metropolitana (GCM), no dia 21 de janeiro deste ano, cantando junto aos formandos a expressão “gás de pimenta na cara dos vagabundos”.

As imagens mostram o prefeito sorrindo e cantando junto aos guardas, ao vice-prefeito, Cel. Ricardo Mello Araújo (PL), e ao secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando. Isso evidencia que a prefeitura paulistana incentiva a política de que os policiais devem atacar a população, principalmente o setor pobre e negro, reprimido com a máxima dureza. Não se trata apenas de violência policial, mas de uma atitude claramente fascista, da pior espécie.

Tanto a GCM quanto a PM estão a serviço do Estado burguês imperialista, para oprimir de todas as formas a população que vive sem acesso a um atendimento médico minimamente adequado, com escolas em completo abandono, salários baixos, sem moradia e em uma verdadeira situação de horror.

Ao mesmo tempo, o prefeito ignora os efeitos das últimas enchentes, que prejudicaram seriamente a população. A linha 1 do metrô ficou 55 horas sem funcionar devido às enchentes, causadas pela falta de obras de drenagem e de infraestrutura na cidade.

Além disso, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) instituiu a proibição de celulares nas escolas e agora está convocando os pais de alunos que não cumprem a lei, configurando uma censura à informação, mais uma forma de opressão ao povo pobre.

Na verdade, tudo isso faz parte da política da direita, que, em conjunto, aumenta a opressão, a fome e a miséria da classe trabalhadora. Com a crise do sistema capitalista, a direita e a extrema direita, que protegem os interesses do capital, atacam de todas as formas as já precárias condições de vida dos trabalhadores.

Os salários reduzidos, a falta de emprego, a fome, a falta de liberdades e a judicialização da política, em que não se pode criticar as políticas criminosas dos governos bolsonaristas na esfera municipal e estadual, se somam à opressão decorrente da péssima qualidade de vida. O objetivo é alienar ainda mais os pobres, para que não se levantem contra todas essas perdas sociais e humanas.

O prefeito Nunes é de um partido de centro, mas que adota a mesma política do bolsonarismo de extrema direita. Isso não ocorre sem motivo.

Com a acentuação da crise capitalista, o centro afundou completamente e, agora, tenta recuperar sua influência copiando a política do bolsonarismo. É óbvio que esse plano também não prosperará; o sistema precisa dos autênticos representantes da extrema direita para se manter no poder e confrontar a extrema esquerda em ascensão.

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