O prefeito Ricardo Nunes (MDB): emedebista gastou R$ 810 milhões em obras sem licitação em ano eleitoral. Foto: Reprodução

A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras (Siurb) de São Paulo assinou, em 2024, durante a gestão de Ricardo Nunes (MDB), 28 contratos sem licitação e em regime emergencial, totalizando R$ 810,3 milhões, segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

Alguns desses contratos foram firmados durante o período de campanha eleitoral, apesar de Nunes ter afirmado internamente que interromperia essa prática. A ampliação desse modelo de contratação tornou-se um dos principais alvos de críticas dos adversários do emedebista na disputa municipal.

Entre os contratos assinados, estão serviços como a recuperação estrutural de um CEU e do sistema de drenagem, a contenção e recomposição de margens de córregos, a recuperação de galerias de águas pluviais, o reforço de muros em escolas e a contenção de taludes.

O maior contrato, no valor de R$ 117 milhões, foi firmado em dezembro de 2024 para obras de recuperação de galerias na Avenida Doutor Gastão Vidigal, na Zona Oeste da capital.

Obras emergenciais na gestão Ricardo Nunes já apresentam problemas - 26/03/2024 - Ricardo Nunes - Fotografia - Folha de S.Paulo
Pavimentação ao lado da obra no Jaçanã, na zona norte do município de São Paulo, está esburacada e com vazamento. Foto: Rubens Cavallari

A gestão de Ricardo Nunes defendeu as contratações emergenciais, alegando que todas seguem a legislação vigente, garantindo transparência e eficiência na utilização dos recursos públicos.

“A necessidade de obras emergenciais é determinada por engenheiros da prefeitura e da Defesa Civil, respaldados exclusivamente em critérios técnicos e avaliações de risco iminente à vida dos munícipes”, afirmou a administração municipal em nota.

Desde o início do mandato de Nunes, os gastos com obras emergenciais — que não exigem licitação — cresceram 10.400% em cinco anos, passando de R$ 20 milhões em 2017 para R$ 2,1 bilhões em 2022. Esse aumento chamou a atenção do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Município (TCM), que abriram investigações sobre o uso recorrente dessa modalidade de contratação.

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Last Update: 25/02/2025