O regime sionista expandiu sua ação criminosa ao atacar covardemente o Irã. Mesmo sem qualquer provocação por parte dos iranianos, o braço do imperialismo no Oriente Médio decidiu bombardear o país sob o pretexto de impedir o desenvolvimento do programa nuclear da República Islâmica.

Os alvos atingidos não eram apenas militares. Civis também foram vítimas dessa mais nova demonstração da covardia do regime de ocupação.

No entanto, essas agressões não começaram com essa última ofensiva. O histórico de ataques sionistas contra o Irã é extenso e se consolidou após a Revolução Islâmica, quando o novo governo iraniano assumiu uma posição abertamente anti-imperialista.

Antes de 1979, o Xá Reza Pahlevi — herdeiro de uma longa dinastia monárquica — mantinha relações amistosas com o sionismo. Após a revolução, liderada pelo aiatolá Khomeini, “Israel” passou a ser considerado inimigo do Islã e, sobretudo, do povo iraniano.

Desde então, os ataques sionistas ao Irã não se limitaram à ofensiva militar direta. O regime promoveu uma série de assassinatos de lideranças militares e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano, além de ações de espionagem, sabotagem cibernética e destruição de infraestrutura.

Outra característica dessas agressões é o ataque indireto, motivado pelo apoio do Irã à resistência árabe contra o sionismo. Nesse sentido, o Líbano — por meio do Hesbolá —, a Síria e, mais recentemente, os partidos revolucionários palestinos, tornam-se alvos secundários da ofensiva imperialista.

A primeira fase dessa hostilidade aparece durante a invasão sionista ao Líbano em 1982. Em 2006, durante nova ofensiva no sul do país, ocorre um novo choque entre a ditadura sionista e iranianos, com o Irã fornecendo armas e treinamento ao Hesbolá na luta contra os invasores.

A partir dos anos 2000, os sionistas passaram a intensificar sua campanha contra o programa nuclear do Irã, um direito legítimo do povo iraniano. Essa ofensiva incluiu desde ataques cibernéticos até o assassinato de cientistas do setor.

Nesse contexto, destaca-se o ataque com o vírus Stuxnet, projetado para infiltrar computadores que operam instalações nucleares. Descoberto em 2010, o vírus foi desenvolvido em parceria entre o regime sionista e o imperialismo norte-americano, sob os governos de George W. Bush e Barack Obama.

O ataque causou grandes danos ao programa nuclear iraniano, destruindo um quinto das centrífugas, infectando cerca de 200 mil computadores e inutilizando mil máquinas industriais.

Além disso, entre 2010 e 2020, o sionismo assassinou uma série de cientistas iranianos, entre eles Masoud Ali-Mohammadi, Majid Shahriari, Darioush Rezaeinejad, Mostafa Ahmadi Roshan e Mohsen Fakhrizadeh. As execuções foram realizadas por pistoleiros em motocicletas ou com explosivos. Agentes capturados pelo Irã admitiram ligação com o Mossad, o serviço secreto sionista que atua como verdadeira organização terrorista internacional.

A partir de 2018, os confrontos militares diretos se intensificaram. O regime sionista bombardeou diversas bases iranianas na Síria e perdeu posições nas Colinas de Golã após ataques com mísseis iranianos.

Em 2023, a escalada de agressões se agravou com o bombardeio do consulado iraniano em Damasco, no qual foram assassinados membros da Guarda Revolucionária e outras lideranças importantes. Em resposta, o Irã lançou mísseis balísticos contra alvos militares no território palestino ocupado, o que levou a novas agressões do sionismo.

Ainda em 2024, ocorreram episódios marcantes dessa ofensiva. Entre eles, o assassinato de Ismail Hanié, liderança do Hamas, em Teerã, e de Hassan Nasseralá, líder do Hesbolá, em Beirute. Em retaliação, o Irã bombardeou alvos militares no território controlado pelos sionistas.

Também neste ano, ocorreu a explosão de um gasoduto em território iraniano, sabotagem que comprometeu a infraestrutura energética do País e prejudicou diretamente a população civil.

Essa nova fase de agressões diretas, iniciada em 2018 e que ganhou novo capítulo na última semana, revela a tendência da política imperialista contra os países e movimentos que buscam sua libertação. O sionismo, nesse cenário, atua como o principal instrumento do imperialismo na região.

Diante da possibilidade real de que Estados soberanos e grupos de resistência armada — como os combatentes palestinos — possam impor derrotas ao imperialismo, a reação da besta ferida é intensificar seus crimes, revelando sua fraqueza por meio de ações cada vez mais covardes e desesperadas.

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Last Update: 15/06/2025