Ricardo Guardiola, ex-piloto da empresa aérea VoePass, revelou práticas alarmantes de manutenção pela empresa, incluindo o uso de um palito de fósforo para reparar um sistema crucial de aquecimento em 2019.
A denúncia ganha relevância no contexto do recente acidente aéreo em Vinhedo, São Paulo, que resultou na morte de 62 pessoas, onde a falha no sistema antigelo é uma das possíveis causas investigadas.
Guardiola, que operou aeronaves do modelo ATR no Brasil e trabalhou brevemente para a empresa, compartilhou suas observações no programa Fantástico da TV Globo.
Ele testemunhou a solução improvisada durante um voo, quando a equipe de manutenção utilizou um palito para corrigir um problema no botão que acionava o sistema de aquecimento.
A situação das aeronaves da VoePass também foi criticada por um ex-comissário da empresa, que optou por permanecer anônimo.
Ele descreveu a manutenção dos aviões como tão deficitária que um deles era apelidado de “Maria da Fé” pelos funcionários, uma referência ao estado precário que exigia mais sorte do que segurança para operar.
Segundo ele, a empresa priorizava o lucro em detrimento da segurança dos passageiros e tripulantes.
As denúncias destacam potenciais negligências que podem ter contribuído para riscos significativos na segurança operacional da VoePass, reforçando a necessidade de investigações rigorosas sobre as práticas de manutenção da companhia.