O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, decidiu permanecer no cargo após reunião com o presidente Lula. Inicialmente, ele havia sinalizado sua intenção de deixar a pasta devido à intensa agenda e aos esforços para pacificar a relação entre o governo e as Forças Armadas, especialmente após os atos golpistas de 8 de janeiro. Com informações do Globo.
De acordo com interlocutores, o ministro chegou a esvaziar as gavetas de seu gabinete e aguardava um chamado do presidente para definir sua saída. No entanto, durante um encontro na última sexta-feira, Lula teria afirmado que não aceitaria sua demissão e solicitou que ele permanecesse na função ao menos até o fim de 2025.
A permanência de Múcio é vista com bons olhos pelos chefes das Forças Armadas, que manifestaram resistência à possibilidade de Geraldo Alckmin assumir a Defesa. Para os militares, a proximidade de Múcio com Lula o torna um nome mais forte para garantir a defesa dos interesses dos quartéis.
Nos bastidores, há discussões sobre uma possível reforma ministerial, na qual Alckmin poderia ser deslocado para o Ministério da Defesa. Em troca, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, atualmente sob sua gestão, seria cedido a um partido aliado do governo.
Múcio tem ressaltado que seu substituto precisa ter um perfil “paciente” para lidar com as complexidades da Defesa. Interlocutores do ministro reforçam que o cargo exige uma figura de peso, capaz de manter o respeito das tropas.
Desde que assumiu o Ministério da Defesa, José Múcio trabalhou para dissipar as tensões entre o governo e os militares, que foram alvo de investigações sobre envolvimento em tentativas de golpe. Com a prisão de oficiais das Forças Armadas, o ministro tem reiterado que as ações ilegais foram cometidas por indivíduos, buscando preservar a imagem institucional das Forças.
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