Durante a Black Friday, 66% dos consumidores brasileiros planejam fazer compras, segundo pesquisa da Wake. Esse movimento, embora positivo para o varejo, traz desafios menos visíveis, como a logística reversa.
Após o evento, devoluções de produtos crescem por diversos motivos, desde insatisfação até problemas técnicos. Esses itens precisam retornar a centros de distribuição ou lojas, exigindo estratégias específicas das empresas.
Planejamento e infraestrutura adequados
Carlos Silva, head de vendas da Pitney Bowes, explica que a logística reversa requer planejamento e uma infraestrutura eficiente. “As empresas precisam garantir que os produtos sejam inspecionados e destinados corretamente, seja para reuso, reciclagem ou descarte apropriado”, afirma.
Além disso, Silva destaca que processos bem estruturados geram benefícios tanto para as empresas quanto para os consumidores. Ele aponta que um sistema eficiente de devoluções promove agilidade, rastreamento e vantagem competitiva.
Tecnologias que facilitam o processo
Com o aumento das devoluções, muitas empresas adotam inovações tecnológicas para aprimorar seus sistemas de logística reversa. Entre as ferramentas utilizadas estão inteligência artificial e machine learning para prever demandas e organizar fluxos.
Ele também menciona o uso de automação para inspeções mais rápidas e plataformas digitais que permitem rastrear devoluções em tempo real. “Essas soluções ajudam a otimizar os processos e melhorar a experiência do cliente”, explica o especialista.
Sustentabilidade e confiança do consumidor
A logística reversa pós-Black Friday também desempenha um papel importante nas práticas de responsabilidade social corporativa. Consumidores estão mais atentos às práticas sustentáveis das marcas, e a devolução eficiente é um fator que gera confiança.
Segundo Silva, estratégias bem planejadas não apenas reduzem impactos ambientais, mas também fortalecem a imagem das empresas no mercado. “É um desafio que representa uma oportunidade para o varejo atender às expectativas de um consumidor mais consciente”, conclui.