O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, rejeitou a contraproposta apresentada pelo Hamas para o cessar-fogo na Faixa de Gaza. 

Em declaração nas redes sociais, feita neste sábado 31, Witkoff classificou a resposta do grupo palestino como inadequada e afirmou que as modificações sugeridas representam um retrocesso nas discussões.

A Casa Branca insiste que o Hamas aceite os termos originais da proposta como ponto de partida para as negociações, que poderiam ser retomadas já na próxima semana. 

“É totalmente inaceitável e apenas nos faz retroceder”, disse Witkoff na rede social X. “O Hamas deveria aceitar a proposta-base que apresentamos como a fundação para futuras conversas, que poderiam começar imediatamente na próxima semana”, afirmou.

O acordo proposto, que conta com respaldo de Israel e dos Estados Unidos, estabelece um mecanismo de troca complexo. O Hamas libertaria 28 reféns — sendo 10 vivos e 18 mortos — em contrapartida à soltura de mais de 1.200 prisioneiros palestinos. Entre estes, 125 cumprem sentenças de prisão perpétua, enquanto os demais são moradores de Gaza detidos desde o início do conflito.

A proposta prevê uma trégua inicial de 60 dias, durante os quais as partes negociariam os termos de um cessar-fogo definitivo. 

O principal ponto de atrito reside na ausência de garantias sobre o fim permanente das hostilidades. O Hamas condiciona qualquer acordo à promessa de “cessar-fogo permanente” e “retirada completa” das forças israelenses da Faixa de Gaza. O grupo também exige assegurar o fluxo contínuo de ajuda humanitária para a população local.

O texto atual, porém, não oferece garantias sobre a continuidade das negociações ou a extensão automática da trégua

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Last Update: 31/05/2025