Nos últimos dias, os combatentes das Brigadas al-Qassam, ala armada do Hamas, retomaram os combates contra os invasores israelenses na Faixa de Gaza.

Já no sábado (19), a imprensa israelense noticiou inúmeras baixas nas fileiras sionistas, inclusive mortes. Em uma das emboscadas feitas pelos combatentes do Hamas, um veículo militar israelense Hummer foi atingido por um míssil anti-tanque enquanto se encontrava no bairro de al-Tuffah, na Cidade de Gaza, região central do enclave. A ação militar bem sucedida da resistência feriu gravemente dois militares sionistas, que estariam em situação crítica.

Esta ação da resistência atraiu outros soldados israelenses para o local. Quando chegaram para resgatar os feridos, foram recebidos com a detonação de explosivo, em armadilha feita pelos combatentes do Hamas. Com isso, mais dois israelenses ficaram feridos e um invasor sionista foi eliminado. 

Essas ações foram anunciadas pelo Hamas, que também informou que seus combatentes realizaram outras ações militares bem sucedidas a leste de Al-Tuffah, na área de Jabal al-Sourani. Nestas, um tanque Merkava 4 e uma escavadeira militar D9 foram atingidas com dois projéteis Yassin 105, incendiando ambos os veículos.

No mesmo dia, as forças israelenses de ocupação confirmaram a eliminação de um sargento israelense e que três soldados ficaram feridos.

Vídeos de algumas das ações da resistência foram divulgados pela imprensa das Brigadas al-Qassam e circulam em canais de comunicação de Telegram e órgãos de imprensa.

Além das operações citadas acima, ainda no sábado, o Hamas, em emboscada, atacou posição que havia sido estabelecida pelos israelenses, também no leste de al-Tuffah. O ataque foi realizado com quatro foguetes RPG e seguidos por ataque de morteiro.

As ações revolucionárias continuaram nesta segunda-feira (21). Conforme noticiado pela imprensa israelense, três militares israelenses foram feridos após detonação de explosivo em Beit Hanoun, cidade no norte de Gaza que foi alvo de repetidas atrocidades por parte das forças de ocupação durante a guerra genocida contra os palestinos.

Em declaração à emissora Al-Jazeera, do Catar, um líder das Brigadas Al-Qassam declarou que a “a emboscada em Beit Hanoun ocorreu na ‘zona tampão’ da qual as forças de ocupação não haviam se retirado”, acrescentando que a ação “bem executada ocorreu na Rua Al-Awda, em Beit Hanoun, a apenas 300 metros da linha de separação”.

Ainda na segunda, mais outra ação foi realizada em Al-Tuffah pelos combatentes do Hamas. Segundo informado pelas Brigadas, “após retornarem da linha de frente, nossos combatentes confirmaram que atraíram uma unidade de engenharia sionista para a entrada de um túnel que havia sido previamente equipado com explosivos. Assim que a unidade chegou ao local, a boca do túnel foi detonada, causando mortes e ferimentos em soldados da ocupação a leste do bairro de Al-Tuffah, no leste da Cidade de Gaza”.

As Brigadas al-Qassam batizaram as operações iniciadas no sábado de “Quebrando a Espada” (em referência ao nome da guerra genocida de “Israel” contra a Gaza, “Espadas de Ferro”).

Palestinos seguem resistindo na Cisjordânia

Desde o começo do ano, “Israel” vem realizando agressão em larga escala contra a Cisjordânia, ao molde do que vem fazendo em Gaza desde outubro de 2023. Inúmeros campos de refugiados foram destruídos e dezenas de milhares de palestinos forçadamente deslocados de suas casas. Contando com o auxílio da Autoridade Palestina (AP), ratos a serviço do sionismo e do imperialismo, milhares de palestinos foram presos e centenas foram assassinados. 

No entanto, a resistência palestina segue firme, tanto contra os militares das forças israelenses de ocupação, como contra os colonos (milícias fascistas israelenses). Nesta segunda-feira, grupos da resistência continuaram suas operações contra os invasores israelenses no campo de Jenin.

Conforme levantamento feito pela emissora iraniana Press TV, as principais operações dos grupos de resistência na segunda-feira são as seguintes:

1) Operações das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa

Combatentes palestinos travaram violentos confrontos armados com as forças de ocupação israelenses que invadiram o campo de Jenin, na Cisjordânia ocupada, usando uma intensa barragem de tiros e explosivos. 

2) Operações das Brigadas Al-Quds

Explosivo terrestre do tipo KJ37 foi detonado tendo como alvo um veículo blindado de transporte de pessoal “Namer” no eixo Talaat Al-Ghabz em Jenin, Cisjordânia ocupada, causando várias mortes e ferimentos entre as forças israelenses.

O mesmo tipo de explosivo foi detonado também contra uma escavadeira militar israelense no eixo Al-Hisan, desativando-a e causando vários feridos entre as forças israelenses. 

Além disso, combatentes confrontaram as forças israelenses nas frentes de batalha e os esfaquearam, direcionando ataques também contra seus veículos militares, na área de Al-Hadaf, em Jenin, na Cisjordânia ocupada, com pesadas rajadas de balas. 

Igualmente, emboscaram uma unidade militar israelense especial que se infiltrou no bairro de Al-Hadaf, em Jenin, na Cisjordânia ocupada, e os alvejou com tiros pesados. 

3) Operações das Forças de Al-Asifah

Os combatentes travaram confrontos intensos com o exército de ocupação israelense em várias frentes no bairro de Al-Hadaf, em Jenin, na Cisjordânia ocupada. 

Eixo da Resistência

Além da própria resistência palestina, o Eixo da Resistência segue combatendo o sionismo e o imperialismo em sua luta pela libertação da Palestina.

Nas atuais circunstâncias, as ações militares estão sendo realizadas pelas Forças Armadas do Iêmen, comandadas pelo partido Ansar Alá, líder da Revolução Iemenita.

Há pouco mais de um mês, as forças iemenitas retomaram suas ações contra “Israel”, tanto contra as embarcações sionistas no Mar Vermelho, como contra os territórios ocupados ilegalmente pelos sionistas. A retomada foi uma resposta ao bloqueio genocida contra Gaza e à retomada da guerra genocida contra o enclave palestino. Face à retomada das ações revolucionárias do Iêmen, o imperialismo, principalmente os Estados Unidos, vem atacando a população civil do país quase diariamente.

No entanto, as forças revolucionarias do Iêmen continuam realizando ações militares contra “Israel”, as embarcações sionistas e as do imperialismo, inclusive os navios de guerra dos EUA.

As ações mais recentes ocorreram nesta segunda-feira (21), quando as Forças Armadas do Iêmen realizaram duas ações militares contra alvos vitais em Askalan e Umm al-Rashrash (Eilat), ambos territórios ocupados por “Israel”. De acordo com o porta-voz das Forças Armadas, Brigadeiro-General Iahia Saree, as operações foram executadas usando VANTs (drones) Yafa e Sammad 1.

Além disso, ações foram realizadas contra os navios de guerra norte-americanos. Utilizando dois mísseis de cruzeiro e dois VANTs, as forças iemenitas atacaram o porta-aviões Truman e seus navios de apoio, que estão posicionados no Mar Vermelho e a partir dos quais os EUA atacam o país árabe.

Ação semelhante ocorreu no Mar Arábico, onde o porta-aviões Vinson e seus navios de guerra foram atingidos com três mísseis de cruzeiro e quatro drones.

Mostrando que o Eixo da Resistência não irá recuar de seu apoio à Palestina, à luta contra o sionismo e o imperialismo, Brigadeiro-General Saree declarou que, nos próximos dias, as ações militares do Iêmen se intensificarão. A declaração é feita no mesmo sentido das reiteradas declarações de Abdul-Malik al-Houthi, líder do Ansar Alá (e do Iêmen), de que o povo iemenita não recuará da luta.

A retomada das ações do Hamas em Gaza, igualmente, ocorrem em momento que “Israel” passa pela pior crise de sua história, já havendo sinais de desagregação das forças israelenses de ocupação. Conforme vem sendo noticiado pela imprensa israelense, cresce o número de militares que estão se recusando a servir e pedindo o fim dos combates em Gaza.

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Last Update: 22/04/2025