As autoridades do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, estão indicando preparativos para um ajuste nas taxas de juros, o primeiro desde o aumento inflacionário pós-pandemia, visando aliviar os tomadores de empréstimos americanos.
Durante aparições públicas esta semana, inclusive em duas audiências do presidente do Fed, Jay Powell, no Congresso, a instituição mostrou confiança no controle da inflação e prontidão para ajustar a política monetária.
A economia americana apresenta uma contínua redução na inflação e uma desaceleração do mercado de trabalho, apoiando a perspectiva de mudança.
Apesar da ausência de detalhes concretos sobre o timing e a magnitude do ajuste, as expectativas do mercado financeiro e de economistas, como Tiffany Wilding da Pimco, apontam para setembro como provável início das reduções.
Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, em entrevista ao Financial Times, descreveu a situação atual como favorável, notando uma rápida e significativa queda na inflação em 2023.
Desde julho do ano passado, o Fed tem mantido a taxa básica de juros no nível mais alto dos últimos 23 anos, entre 5,25% e 5,5%.
Contudo, com a inflação e o mercado de trabalho mostrando sinais de estabilidade, reduções nas taxas são vistas como justificadas por autoridades como Mary Daly, presidente do Fed de São Francisco.
Ainda, o Fed está focado em alcançar um “pouso suave” para a economia, com a inflação diminuindo sem provocar um aumento em demissões, conforme apontado por Lisa Cook, governadora do Fed.
Priya Misra, da JPMorgan Asset Management, e Jonathan Pingle, economista-chefe do UBS, discutem a importância de iniciar o relaxamento da política monetária para evitar uma prolongada desaceleração econômica, potencialmente estabilizando a taxa básica de juros em torno de 3%.
Com informações da Folha