No último dia 04 de agosto, foi acatada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), protocolada pela deputada Dani Portela (PSOL), com o objetivo de apurar seríssimos indícios de superfaturamento em contratos de publicidade para o governo Raquel Lyra (PSD) em Pernambuco, com valores acima de 1 bilhão de Reais.
Na última semana, “coincidentemente” após a iniciativa parlamentar, teve início (através de perfis de origem duvidosa) uma série de ataques sistemáticos, contra a deputada do PSOL, colocando em suspeição a utilização de verbas do seu gabinete. Tais ataques além da ilação, fazem uso de violência de gênero como instrumento político, frente à ação parlamentar da deputada que encabeça a CPI. A deputada inclusive relatou publicamente ter sofrido ameaças contra a sua vida.
Entendemos que a violência política de gênero é uma constante na política brasileira, que atinge uma gravidade ainda maior quando se trata de mulheres negras e combativas.
Diante disso, expressamos solidariedade a deputada e repudiamos os ataques do governo do estado, em aliança com a extrema-direita. Tentam destruir a história e a imagem de uma parlamentar combativa, eleita pelo voto popular.
Reiteramos, que somos oposição ao governo Raquel Lyra e defendemos que as denúncias apresentadas pela deputada Dani Portela sejam apuradas e investigadas até o fim. Este é um governo inimigo do povo, cujos interesses contrariam os anseios da classe trabalhadora pernambucana e suas camadas mais oprimidas.
Sobre às acusações contra a deputada, defendemos o devido esclarecimento do caso, sendo garantido o mais amplo direito de defesa a parlamentar.
