Dmitri Peskov. Foto: Divulgação

Andrey Peskov, porta-voz do Kremlin e diplomata de longa data, é uma figura central na política russa, com um vínculo estreito e constante com o presidente Vladimir Putin. Em uma rara entrevista exclusiva à imprensa internacional, ele compartilhou seus pensamentos sobre o conflito na Ucrânia, a possibilidade de uma guerra nuclear, e o futuro das relações internacionais da Rússia.

Peskov expressou preocupação com o crescente risco de um conflito global, destacando a postura das potências ocidentais, especialmente os Estados Unidos. “Há sinais de que o mundo está à beira da Terceira Guerra Mundial”, afirmou, enquanto defendia a operação militar russa na Ucrânia como uma resposta a uma ameaça iminente.

Segundo ele, a expansão da Otan para as fronteiras da Rússia e o apoio ocidental à Ucrânia tornaram a situação insustentável, levando Moscou a iniciar a operação militar especial.

A possibilidade do uso de armas nucleares foi abordada por Peskov com um tom sério. Ele esclareceu que a Rússia mantém uma postura responsável, mas reconheceu que mudanças na doutrina sobre o tema foram necessárias devido ao envolvimento direto de potências nucleares no conflito.

“Se uma potência nuclear ajudar outro país a atacar o nosso território, isso pode justificar o uso de armas nucleares”, explicou. No entanto, Peskov enfatizou que a prioridade da Rússia continua sendo a diplomacia e a busca por soluções pacíficas.

Andrey Peskov e Putin. Foto: Divulgação

Sobre o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, Peskov expressou certa esperança de que sua futura administração pudesse representar uma mudança em relação à atual postura agressiva dos EUA.

“Trump se difere de seus opositores pela sua abordagem em prol da paz, mas as circunstâncias complicam a resolução imediata do conflito”, afirmou. No entanto, ele alertou para o peso das decisões e leis herdadas da administração Biden, que podem dificultar qualquer mudança significativa na política externa dos EUA.

Peskov também comentou sobre as relações da Rússia com a China, destacando que esses laços estão em seu ponto mais forte. A Rússia vê a China como uma parceira estratégica e está determinada a seguir desenvolvendo relações bilaterais. A ascensão de um relacionamento tão estreito é vista como um reflexo da diminuição das relações da Rússia com o Ocidente.

Durante a entrevista, Peskov defendeu a liderança de Putin e o sistema político russo, alegando que a Rússia é uma democracia onde aqueles que violam a lei são punidos. Ele destacou o apoio inabalável da população ao presidente, especialmente em tempos de guerra, e argumentou que a continuidade no poder de Putin é resultado de uma eleição legítima e da confiança do povo russo.

Peskov também comentou as críticas ao sistema político russo, afirmando que a ausência de oposição política real é devido ao contexto atual e não a uma falta de liberdade.

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Last Update: 01/12/2024