A prisão do general Braga Netto, neste sábado 14, pela Polícia Federal repercutiu entre o governo Lula (PT) e aliados do bolsonarismo.
O militar foi preso por uma decisão do Supremo Tribunal Federal, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, sob a acusação de tentativa de obstruir as investigações.
Braga Netto ficará sob a custódia do Exército e encaminhado ao Comando da 1ª Divisão de Exército na cidade do Rio de Janeiro. O militar passará por uma audiência de custódia marcada para as 14 horas deste sábado.
O ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, foi um dos primeiros a repercutir a prisão do ex-ministro de Bolsonaro. “O dia amanheceu com Braga Netto preso. Que todos os golpistas sejam investigados, julgados e responsabilizados por atentarem contra a nossa democracia!”, registrou, em suas redes sociais.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou que, em 2018, a sua irmã e vereadora Marielle Franco, foi contra a intervenção federal no Rio de Janeiro, comandada por Braga Netto.
“Quase 7 anos depois, o mesmo general agora é réu e foi preso por uma tentativa de golpe contra nosso país. Pra não esquecer, pra nunca mais acontecer. Que nos posicionemos sempre do lado certo da história”, escreveu.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também foi às redes sociais comentar a prisão de Braga Netto. “Grande dia”, registrou o ministro que, em vídeo, defendeu a punição aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado, e que teria também a missão de assassinar o presidente Lula (PT).
“Mais um passo foi dado pela Justiça brasileira e pela Polícia Federal para mostrar que seremos firmes na punição daqueles que organizaram a tentativa de golpe no país que assassinaria o presidente eleito, o vice-presidente eleito. Em defesa da democracia, sem anistia”, registrou.
Bolsonaro não comenta a prisão de seu ex-ministro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a fazer publicações em suas redes sociais neste sábado 14, mas nenhuma sobre a prisão de Braga Netto que, em seu governo, foi ministro da Casa Civil e posteriormente da Defesa.
O senador Hamilton Mourão (PL-RS), vice-presidente sob o governo Bolsonaro, criticou a prisão preventiva do militar e afirmou que a medida representa um ‘atropelo das normas legais’.
“O General Braga Netto não representa nenhum risco para a ordem pública e a sua prisão nada mais é do que uma nova página no atropelo das normas legais a que o Brasil está submetido”, escreveu em suas redes sociais.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) sugeriu aos seus seguidores nas redes sociais que observem quem apoia ou vibra com a prisão de Braga Netto, ‘e saberemos que são as pessoas que apoiam e vibram com a ditadura e a tirania’, escreveu.
Já o senador Jorge Seif (PL-SC) afirmou que a prisão do militar teria dois objetivos: ‘pressioná-lo a delatar Bolsonaro de um crime que não existe e desviar a atenção do Lula no Sírio-Libanês. Fim!’.