O vereador eleito da cidade catarinense de Balneário Camboriú, Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), foi batizado no último dia 15, nas águas do mar do município que é seu domicílio eleitoral atualmente.
Utilizando uma camiseta com a legenda “Eu decidi”, Jair Renan afirmou em vídeo publicado em suas redes que “nasceu de novo”, e comemorou muito o batismo que recebeu. “Hoje eu decidi nascer de novo, Jesus é o verdadeiro salvador, muito obrigado meu pai”, disse o vereador eleito.
O batismo do político de 22 anos foi realizado por pastores da Igreja Sara Nossa Terra, uma denominação evangélica que apoia Jair Bolsonaro (PL-RJ).
A Sara Nossa Terra já se envolveu em uma série de polêmicas e foi alvo de denúncias por racismo, violência e até uso indevido de recursos públicos.
Em um dos casos, uma pastora da igreja postou vídeo nas redes sociais de uma de suas pregações, em que ordena aos fiéis que “parem de ficar postando coisa de gente preta e de gente gay”. Para assistir ao vídeo, clique aqui.
A conversão de Jair Renan e seu batismo em uma igreja que prega contra a homossexualidade ocorre pouco mais de um ano após o suposto ex-namorado do filho “04” de Bolsonaro ter dito que o jovem político é um “profissional no sexo oral”.
Em outro episódio polêmico, um adolescente de 13 anos, fiel da igreja Sara Nossa Terra, foi à polícia no Distrito Federal após, segundo alega, ter sido vítima de um espancamento por parte dos pastores da denominação abraçada por Jair Renan.
Finalmente, em um terceiro caso, o ex-deputado federal Robson Rodovalho (União-GO) pagou com dinheiro público passagens aéreas de artistas evangélicos para realizarem shows em Brasília.
O parlamentar, fundador da igreja evangélica Sara Nossa Terra, bancou a viagem de oito integrantes da banda cristã Oficina G3 e do rapper DJ Alpiste para participarem do evento “Desperta, Brasília”, realizado no ginásio Nilson Nelson, em Brasília.
Rodovalho disse que a despesa faz parte do trabalho que realizava na Câmara. Bispo da Igreja Sara Nossa Terra, o político fazia parte da Frente Parlamentar da Família e da Frente Parlamentar Evangélica. As frentes reúnem parlamentares para debater temas de interesse comum entre seus membros e defender no Congresso questões como a não legalização do aborto.