O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que o esquema de monitoramento ilegal na Agência Brasileira de Inteligência sob o governo de Jair Bolsonaro (PL) pode ter atrapalhado o funcionamento da CPI da Covid. Relator da comissão, o alagoano avalia que a descoberta da espionagem pode viabilizar a retomada de investigações arquivadas pela Procuradoria-Geral da República durante a gestão de Augusto Aras.

Renan e outros senadores da CPI constam da lista de pessoas espionadas, segundo a Polícia Federal, a exemplo de Alessandro Vieira (MBD-SE), Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

“Vou entrar na Justiça, até em cortes internacionais, como assistente da acusação no escândalo Abin”, escreveu Renan nas redes sociais. “A grampolândia na cúpula da CPI mostra que a investigação pode ter sido embaraçada na ação marginal de órgãos de Estado. Fatos novos para PGR reabrir partes engavetadas por Aras.”

O senador ainda defendeu “fechar essa Abin tabajara e refundar uma agência digna desse nome”.

Em junho, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, liberou para julgamento recursos contra o arquivamento de dois pedidos de investigação sobre Bolsonaro apresentados pela CPI. Os processos se referem a supostos crimes de infração de medida sanitária preventiva e de epidemia, durante a pandemia de Covid-19.

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Última Atualização: 13/07/2024