Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Sérgio Lima/Poder360

A Polícia Federal (PF) identificou um plano para “evasão e fuga” do então presidente Jair Bolsonaro (PL) do país caso uma tentativa de golpe de Estado não fosse bem sucedida. O esquema contava com técnicas militares, além de armas e munições para pronto emprego que estariam em um cofre.

As informações constam do relatório final da PF enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O sigilo do documento foi derrubado nesta terça-feira (26) pelo ministro Alexandre de Moraes.

O plano de fuga foi encontrado no notebook do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

O documento, em formato PowerPoint, foi criado em 22 de março de 2021.

Segundo o relatório da PF, ao qual o DCM teve acesso, Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva” da trama golpista.

Trecho do relatório final da PF. Reprodução PF

O esquema tinha três passos:

  1. Militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) seriam acionados para ocupar posições estratégicas nos Palácios do Planalto e da Alvorada, com a missão de proteger o então mandatário;
  2. O termo “Etta Estrg” foi usado como uma abreviação para “estrutura estratégica”. São instalações, serviços e sistemas que, se forem interrompidos ou destruídos, poderiam provocar um sério impacto ambiental, econômico, político ou a segurança do Estado e da sociedade;
  3. Após garantir a segurança de Bolsonaro, os militares criariam uma rede de auxílio para levar o ex-presidente para fora do país.
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Last Update: 26/11/2024