A Polícia Federal (PF) identificou um plano para “evasão e fuga” do então presidente Jair Bolsonaro (PL) do país caso uma tentativa de golpe de Estado não fosse bem sucedida. O esquema contava com técnicas militares, além de armas e munições para pronto emprego que estariam em um cofre.
As informações constam do relatório final da PF enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O sigilo do documento foi derrubado nesta terça-feira (26) pelo ministro Alexandre de Moraes.
O plano de fuga foi encontrado no notebook do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
O documento, em formato PowerPoint, foi criado em 22 de março de 2021.
Segundo o relatório da PF, ao qual o DCM teve acesso, Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva” da trama golpista.
O esquema tinha três passos:
- Militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) seriam acionados para ocupar posições estratégicas nos Palácios do Planalto e da Alvorada, com a missão de proteger o então mandatário;
- O termo “Etta Estrg” foi usado como uma abreviação para “estrutura estratégica”. São instalações, serviços e sistemas que, se forem interrompidos ou destruídos, poderiam provocar um sério impacto ambiental, econômico, político ou a segurança do Estado e da sociedade;
- Após garantir a segurança de Bolsonaro, os militares criariam uma rede de auxílio para levar o ex-presidente para fora do país.