Relatório da PF destaca participação de Bolsonaro em trama golpista, com mais de 500 menções

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é citado mais de 500 vezes no relatório da Polícia Federal que resultou no seu indiciamento e de mais 36 pessoas por uma suposta trama golpista. O sigilo do documento foi levantado nesta terça-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Morares.

Ao longo das 884 páginas, o sobrenome Bolsonaro é citado no texto 535 vezes – considerando as imagens são 658 registros. Já o nome Jair Bolsonaro aparece 436 vezes no texto da PF – 643, levando em consideração as imagens.

Segundo o relatório da PF, um grupo formado por militares e integrantes do então governo, sob a liderança de Bolsonaro, criou, desenvolveu e disseminou desinformação sobre o sistema eleitoral desde 2019, primeiro ano do governo anterior.

A ideia era se proteger em uma eventual derrota de Bolsonaro nas urnas e construir a base para os atos que ocorreram após a vitória de Lula (PT) em outubro de 2022.

Segundo as investigações, a conspiração contou até com um plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes, em dezembro de 2022, como meio de viabilizar um golpe de Estado.

Indiciado pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, se condenado, Bolsonaro pode pegar até 28 anos de prisão. Além disso, o ex-capitão deve ter sua inelegibilidade prolongada em caso de novo revés judicial.

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