A abertura dos trabalhos no Congresso Nacional, neste dia 5/8, deu mais uma demonstração do desprezo da extrema-direita e seus asseclas pelas instituições democráticas. Tomaram de assalto a mesa diretora e querem submeter o trabalho legislativo à agenda de defesa de Bolsonaro, acima de tudo.

Corrompem e correm os valores mais centrais da sociedade.

Liberdade de Expressão, direitos humanos, democracia – nunca esses conceitos fundamentais para a sociedade foram tão deturpados, manipulados e vilipendiados como o são agora, pela horda que tenta emparedar a soberania, a economia e as instituições brasileiras, com o apoio do governo norte-americano.

Os mesmos que repudiavam e debochavam desses conceitos, hoje usurpam deles para conspirar contra o Brasil, em favor de um governo estrangeiro e de um projeto personalíssimo e fascista – livrar Bolsonaro e seus cúmplices da cadeia, golpear a democracia e implantar um projeto ditatorial, alinhado aos interesses de Donald Trump.

Os mesmos que diziam que a ditadura só “errou por torturar e não matar; matou pouco”, que exaltaram instrumentos de tortura e torturadores, que defenderam as milícias e os grupos criminosos de extermínio, que chamavam os direitos humanos de “esterco da vagabundagem”, que defenderam a censura a artistas, professores, jornalistas, mulheres, homossexuais, negros e pobres e que demonstraram total desprezo pela vida humana – “e daí, eu não sou coveiro” –, esses mesmos usam hoje os conceitos mais centrais de uma Democracia como meras palavras vazias, lançadas para confundir os incautos, lacrar, mobilizar, corromper e seduzir massas de seguidores hipnotizados.

Posam de defensores da liberdade e dos direitos humanos, mas o são. Não podemos esqueer que, só no primeiro ano do seu governo de trágica memória, Bolsonaro usou a famigerada Lei de Segurança Nacional, da ditadura de 1964, para abrir 76 processos contra opositores, incluindo militantes e influenciadores digitais. Censurou projetos culturais e pedagógicos que não considerou de acordo com os “princípios “judaicos-cristãos”, incitou a perseguição a educadores dentro das salas de aula.

Os fascistas que giram em torno desse projeto autoritário e excludente não defendem e nunca defenderam ou defenderão os direitos humanos, a liberdade de expressão e a democracia. O que eles querem é escapar da Justiça, subordinar o país e as nossas leis a seus caprichos e curvar o Brasil perante os Estados Unidos. Querem a pátria de joelhos.

Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar por conspirar abertamente contra o país, tendo seus filhos e seguidores como pontas-de-lança. O inquérito que levou às decisões do STF é o que envolve Eduardo Bolsonaro no crime de conspiração contra o Brasil, com apoio de Donald Trump. Crime de lesa-pátria, de alta traição, em conluio com forças estrangeiras. Se fosse um americano que se aliasse a estrangeiros contra o pais, poderia ser punido até com a pena de morte, segundo o artigo III da Constituição dos Estados Unidos.

Felizmente, não temos pena de morte. Mas isso não significa impunidade. Como sentenciou o ministro Alexandre de Moraes, “a Justiça é cega, mas não é tola”.

Sem perdão para golpistas e vendilhões da pátria! Brasil soberano! Ceder a eles é ceder dignidade, independência e soberania. Não passarão!

 

  • Reimont é deputado federal (PT-RJ)

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Last Update: 06/08/2025