Direita e extrema-direita querem garfar os aposentados e pensionistas do INSS. Foi exatamente o que confessou o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara Federal. Em meio à manifestação esvaziada em favor do inelegível Bolsonaro, ele anunciou que a bancada dos ricos vai atuar contra a Medida Provisória que o Governo Lula emitirá para garantir o crédito extraordinário para pagar os aposentados e pensionistas vítimas das fraudes ocorridas no INSS, a partir de 2019.

O governo quer devolver os valores, com correção, até dezembro. Mas a Bancada dos Ricos não quer.

Em entrevista a uma rádio, o líder do PL disse, sem qualquer disfarce, que o governo “terá muita dificuldade” em aprovar a MP, “porque (…) precisa é conter gastos”.

Parece deboche, um novo golpe nos idosos.

O deputado do PL, como toda a bancada do seu partido, defende a liberação de 50 bilhões de reais em emendas parlamentares secretas – sem informações sobre autoria e objetivo e sem poderem ser fiscalizadas. Defende a isenção de mais de 546 bilhões de reais de impostos a empresas, como as concedidas em 2021, em uma espécie de Bolsa Empresário do inelegível. É contra a taxação dos super ricos e a isenção de quem recebe até 5 mil reais por mês. Mas acha um escândalo devolver os 4 bilhões de reais roubados de 9 milhões de idosos e idosas, vítimas da corrupção instalada a partir de 2019 e descoberta e estancada em nosso governo.

Pois escandalosa é a articulação da Bancada dos Ricos para impedir o ressarcimento de aposentados e pensionistas. Escandaloso é quererem barrar o pagamento para, depois, mentir e dizer que a culpa foi do Lula. É o que fazem – criam crises, mentem e colocam a culpa no Lula.

Eles praticam uma política baixa e daninha, que tenta convencer as pessoas de que direitos sociais atrapalham o país, de que o aumento do salário mínimo, a isenção de impostos para os que ganham menos e a taxação de grandes fortunas vão prejudicar o povo.

Na rotina do Congresso, querem sequestrar e emparedar o nosso governo. Não hesitam em passar por cima dos mais empobrecidos, dos mais necessitados, de todos e todas, de tudo. O compromisso deles é esse.

Que fique claro – o Congresso, em si, não é inimigo do povo. Inimigo do povo é um Congresso formado por maioria de extrema direita e direita, por empresários, pecuaristas, produtores rurais, militares e policiais militares e civis e federais e políticos comprometidos com os interesses dos mais ricos. Inimigo do povo é um Congresso que vira as costas para as políticas sociais e que vota, em peso, a favor dos mais abastados, dos que tudo tem. Inimigo do povo é o Congresso dos ricos e seus aliados.

Entender isso é fundamental na hora do voto!

 

Reimont é deputado federal (PT-RJ)

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Last Update: 01/07/2025