Às vésperas de vencer o prazo da sua “licença”, o deputado Eduardo Bolsonaro anuncia que vai renunciar ao mandato e não voltará ao Brasil. O parlamentar da extrema direita faz o anúncio em meio às investigações do TCU sobre irregularidades na sua ida para os EUA e aos pedidos de cassação protocolados pelo PT e pelo PSOL. Mas deve ser coincidência.

Eduardo alega que ficará nas terras americanas na luta em defesa de liberdade. Quem acredita? De que liberdade ele fala?

Não precisa ir muito longe para perceber que, na verdade, ele defende desesperadamente a “liberdade” dele próprio, do pai, irmãos e família para escaparem da Justiça, ganharem um indulto antecipado para fugirem aos processos a que respondem. Como moeda de troca, oferece o Brasil, quer subjugar e colocar de joelhos a nossa dignidade.

Quem pode achar correto entregar o nosso país ao domínio americano para livrar a cara de uma família de criminosos traidores da pátria? Os Bolsonaro e a extrema-direita acham que sim, é correto; eles desconhecem os valores pátrios. O lema deles, como corre nas redes sociais, é “Estados Unidos acima de tudo, família Bolsonaro acima de todos”. São vendilhões da nossa soberania!

Neste final de semana, intensificaram os ataques ao país e ao presidente Lula, tentando jogar a culpa pelo tarifaço para o governo. Mas só conseguiram escancarar o sequestro e a chantagem que protagonizam.

Bombardearam as redes com mentiras e distorção de fatos, tentando comparar a mobilização internacional pela liberdade de Lula, que não envolveu qualquer tipo de pedidos de sanção ao país, com o tarifaço de Donald Trump, que confessadamente tramaram, buscando corromper moralmente as nossas instituições.

Tentam convencer que as divergências entre Lula e Trump levaram ao tarifaço, mas os fatos negam mais esta mentira – em todas as manifestações do presidente norte-americano e seus assessores o motivo citado é sempre a investigação de Bolsonaro pelo intento golpista, além de um inexistente desequilíbrio na balança comercial entre os nossos países. Em suas lives e publicações, os extremistas brasileiros confessam que a saída para reverter o tarifaço é sustar os processos contra o ex-presidente e seus cúmplices na tentativa de golpe de estado, implantação de uma ditadura e assassinato de opositores, como o Presidente Luís Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Morais.

A carta do atual presidente do STF, Luiz Barroso, em resposta às alegações de Trump, é uma peça fundamental para mostrar que os processos não são perseguição política, mas fruto de uma investigação criteriosa e em defesa da Democracia; recomendo a leitura.

A família Bolsonaro, ancorada em sentimentos vassalos, sabujos e traidores, prejudica o país, a economia, a indústria, os empregadores e os trabalhadores brasileiros e pede a rendição do Brasil aos interesses americanos, em troca da “libertação” de meia dúzia de réus centrais da trama de golpe; querem o país de joelhos, para que continuem conspirando. Nunca foram patriotas, só se importam com eles mesmos.

Não iremos nos curvar. O Brasil segue unido e soberano sob a liderança do presidente Lula na busca das melhores soluções para o país, seja pela negociação direta, pela mediação da Organização Mundial do Comércio, pela prospecção de novos mercados para os produtos brasileiros ou pela aplicação da Lei da Reciprocidade. O que importa é garantir o bem coletivo e garantir relações respeitosas e igualitárias entre as nações e seus povos. Sem intervenções e sem projetos personalistas e imperiais. E sem anistia para os golpistas.

 

Deputado federal Reimont (PT-RJ)

 

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Last Update: 15/07/2025