Rei da Jordânia ordena que bebê recém operada volte à Gaza

Na última quarta-feira (14), o rei Abdullah II da Jordânia ordenou o retorno de 17 crianças à Faixa de Gaza, incluindo a bebê de sete meses Niveen Abu Daqqa, apesar da retomada da guerra e do estado crítico de saúde das crianças. Niveen, que nasceu com um buraco no coração, foi operada na Jordânia em março, mas foi enviada de volta sem completar o tratamento. Sua mãe, Enas Abu Daqqa, denunciou a decisão, afirmando: “saímos de lá quando havia um cessar-fogo. Como podem nos mandar de volta depois que a guerra recomeçou?”

Mãe do bebê Mohammed, de pouco mais de um ano e portador de asma, e alergias alimentares graves, Nihaya Bassel também criticou o retorno, reagindo às lágrimas à rede britânica BBC: “estamos voltando a viver com medo e fome, cercados pela morte”. O Ministério das Relações Exteriores da Jordânia justificou a medida, explicando que foi necessária “por razões logísticas e políticas” e que a política do reino é “manter os palestinos em suas terras”.

No entanto, a decisão de Abdullah é vista como uma ação sem limites, colocando em risco a vida de crianças vulneráveis e ignorando os alertas internacionais sobre a crise humanitária em Gaza. A situação é ainda mais grave devido ao risco de fome, com mais de 1,1 milhão de palestinos enfrentando insegurança alimentar aguda, segundo a ONU. A decisão criminosa de retornar crianças doentes agrava a situação, especialmente considerando que hospitais em Gaza operam com menos de 30% da capacidade devido aos ataques da ditadura sionista.

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