A votação da proposta para retomar a reoneração gradual da folha de pagamento de 17 setores da economia deve ocorrer na semana próxima, informou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no dia 11. Trata-se do Projeto de Lei 1.847/24. Segundo o Diap, o acordo foi adiado porque o relatório foi apresentado sem tempo para análise dos senadores. “Agora muito em cima da hora sem conhecer o parecer, acho que não vai ser muito bem-recebido”, disse Pacheco aos jornalistas.
O senador também se reuniu com o presidente Lula (PT), o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no Palácio do Planalto. “Acho que pode ser um acordo possível [votar na quinta], mas vamos ter semana que vem”, observou Pacheco. O conteúdo do acordo que tramita na forma do PL é relatado por Wagner.
Pelo acordo, a volta gradual da tributação sobre a folha de pagamento de certos segmentos e de municípios ocorrerá até 2028. A reoneração começa no próximo ano, com a contribuição patronal dos 17 setores à Previdência Social sendo feita da seguinte forma:
• 2024: desoneração total;
• 2025: alíquota de 5% sobre a folha de pagamento;
• 2026: alíquota de 10% sobre a folha de pagamento;
• 2027: alíquota de 15% sobre a folha de pagamento;
• 2028: alíquota de 20% sobre a folha de pagamento e fim da desoneração.
O NOVO PL
Prorrogada até o fim de 2027, após a aprovação de projeto de lei que 5 ministros do Supremo consideraram inconstitucional, a desoneração permite que empresas de 17 setores reduzam a contribuição previdenciária, de 20% sobre a folha por alíquota de 1% a 4,5% sobre a receita bruta.
Em vigor desde 2012, ela era política que, ao beneficiar as empresas com redução de tributos previdenciários, tinha o objetivo de fazê-las contratarem mais trabalhadores. No entanto, isso não ocorreu. Ao contrário, esses setores desonerados são os que mais demitem. Por isso, Lula vetou o projeto.
com informações do Diap