A reacquisição da Refinaria de Mataripe (BA), privatizada durante o governo Jair Bolsonaro (PL), não é uma prioridade da Petrobras, afirmou a presidente da estatal, Magda Chambriard, nesta sexta-feira 9 durante coletiva de imprensa.
Isso porque, segundo a CEO da petrolífera, a possibilidade de adquirir o ativo ainda não tem o aval da diretoria de que será benéfica para a empresa. Além disso, acrescentou Chambriard, a operação é vista como “outra qualquer”.
“Temos a obrigação de avaliar e em caso de se julgar um negócio minimamente interessante, fazemos due diligence, avaliamos o negócio e reforçamos a nossa visão para saber se é vantajoso ou não para a empresa”, explicou.
O discurso de Chambriard, contudo, contrasta com uma bandeira da Federação Única dos Petroleiros, que também encontra apoio em alas do governo Lula (PT). Os estudos sobre a viabilidade de retomar as atividades na unidade foram iniciados em março e estão na fase final.
O empreendimento, localizado em São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador, foi privatizado em 2021. A negociação foi concluída por 1,5 bilhão de dólares à época.
Atualmente, a refinaria é gerida pela Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital, subsidiária que pertence à família real dos Emirados Árabes.
A refinaria possuí capacidade de processamento de 333 mil barris/dia. Seus ativos incluem 4 terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos que interligam a refinaria aos terminais, com 669 km de extensão.