Estátua pichada com a frase “Perdeu, mané”: A proposta de reduzir as penas dos envolvidos no 8 de janeiro segue em andamento. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Está tomando forma o apoio à ideia de que a redução de pena para os manés do 8 de janeiro puxa o tapete dos líderes do golpe. Se apenas os manés forem beneficiados, tudo bem.

E os chefes golpistas, com Bolsonaro à frente, terão que admitir: se querem mesmo atenuantes para os manés, e não anistia para a turma de cima, que aceitem o que começa a ser aceito pelas esquerdas e parte do centrão.

As penas são reduzidas, como saída de consenso, e não se fala mais em anistia. Com penas menores, poucos pegarão cadeia, entre os que cometeram os crimes considerados menos graves.

Vozes importantes estão falando alto para serem ouvidas. O senador Randolfe Rodrigues, por exemplo, não fala mais o que pensa, em questões fundamentais para Lula, sem que o que diz tenha sentido também para o governo.

O senador Randolfe Rodrigues. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Randolfe é o líder do governo no Congresso. Fala como líder, e não como senador do PT pelo Amapá. Isso é o que ele pensa sobre a redução de penas:

“É um atendimento ao que é reclamado, sem ter anistia para quem tentou golpe de Estado e, ao mesmo tempo, é uma mão estendida para a conciliação nacional”.

Se a ideia for aprovada pelo Congresso, poucos pegam mais de 10 anos de prisão. Mandam os manés para casa e a Justiça passa a cuidar do que importa: dos grandes financiadores, planejadores e líderes do golpe.

Tem quem não goste, fora a extrema direita. Principalmente os juristas. Mas a política não pode se submeter sempre ao que os juristas acham bom para o Brasil. Até porque eles não têm votos e não desfrutam de prerrogativas para impor o que pensam. Têm, no máximo, lugar de fala.

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Last Update: 01/05/2025