Rede Alyne: um passo importante na saúde das gestantes brasileiras

Guiados pela orientação do presidente Lula de priorizar o cuidado ao povo brasileiro, representantes do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) reuniram-se na última semana, em Brasília, para avaliar os avanços da Rede Alyne. Essa estratégia do governo federal tem como foco o fortalecimento do atendimento em saúde para gestantes em todo o país.

O encontro marcou um esforço conjunto entre União, estados e municípios para organizar as redes de atenção à saúde, alinhadas ao planejamento regional integrado (PRI) e às especificidades dos diversos territórios brasileiros.

A diretora do Departamento de Gestão do Cuidado Integral da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), Grace Fatima Souza Rosa, ressaltou a importância do encontro para o sucesso do programa. “Precisamos fazer um olhar estratégico para o que já temos em funcionamento nos territórios e o que ainda precisamos articular, levando em conta que temos novos prefeitos e novos secretários de saúde”, afirmou.

Entre as ações já implementadas, destacam-se novas estratégias de combate ao racismo, ampliação do telemonitoramento do pré-natal de alto risco, fortalecimento da Rede de Bancos de Leite Humano, iniciativas para cuidado obstétrico e neonatal, qualificação de profissionais e expansão do Método Canguru, essencial para o atendimento de bebês prematuros.

A diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência (DAHU), da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), Aline de Oliveira Costa, reforçou a importância do trabalho em rede e a clareza nas responsabilidades. “Não podem existir, por exemplo, maternidades lindas, mas que funcionem como ilhas. É preciso somarmos esforços, para que a gente de fato possa mudar a realidade da vida das mulheres e das crianças. Esse é o nosso grande objetivo”, destacou.

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Rede Alyne 

A Rede Alyne homenageia Alyne da Silva Pimentel Teixeira, jovem negra que morreu em 2002, grávida de seis meses, devido à negligência durante o atendimento pré-natal. Moradora da Baixada Fluminense, Alyne tinha 28 anos.

Lançada em setembro de 2024, a iniciativa reestruturou a antiga Rede Cegonha e tem como meta reduzir a mortalidade materna em 25% até 2027, com atenção especial às populações mais vulneráveis.

Por exemplo, em 2022, a mortalidade materna entre mulheres pretas foi de 110,6 óbitos por 100 mil nascidos vivos, quase o dobro da média nacional de 57,7. Para enfrentar essa desigualdade, o governo federal pretende reduzir as mortes de mulheres pretas em 50% até 2027, alinhando-se ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que prevê 30 óbitos por 100 mil nascidos vivos até 2030.

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Inovações

A Rede Alyne, uma das cinco redes temáticas do SUS, está estruturada em seis componentes principais: pré-natal; parto e nascimento; puerpério e saúde integral da criança; sistemas logístico, de apoio e de governança.

Entre as inovações, destacam-se a criação de um plano integrado entre as maternidades e a Saúde da Família, a qualificação das equipes da principal porta de entrada do SUS e, pela primeira vez, a ampliação do Complexo Regulatório do SUS com equipe especializada em obstetrícia.

Além de expandir ações voltadas à saúde materna e infantil, a iniciativa inclui capacitações para profissionais, estímulo ao pré-natal da parceria e fortalecimento da rede de apoio para acompanhar o desenvolvimento da criança. A distribuição equitativa de recursos busca reduzir desigualdades regionais e raciais, promover o protagonismo da mulher durante a gestação e incentivar práticas que favoreçam o parto normal, com maior inserção de enfermeiros obstétricos, seguindo recomendações da OMS.

Da Redação Elas por Elas, com informações do Ministério da Saúde

 

 

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