(*) Leonardo Silva

 

A catástrofe que atingiu o Rio Grande do Sul em 2024 não deixa margem para dúvida: ou enfrentamos a emergência climática com medidas rigorosas de mitigação e adaptação, ou a emergência climática destruirá a economia e as condições fundamentais de vida digna do povo brasileiro.

Como previam os climatologistas, extremos climáticos já assolam o país, com chuvas, secas severas no Norte e incêndios terríveis no Centro-Oeste, trazendo prejuízos econômicos e sociais inestimáveis. Esse cenário aponta para uma única certeza: enfrentar a emergência climática é uma necessidade vital e urgente.

Protocolei nessa semana um projeto de lei que institui o Pacto Nacional pela Restauração da Natureza e dos Biomas do Brasil, fornecendo meios necessários para que o Poder Público, o mercado e a sociedade trabalhem em conjunto para remover gases de efeito estufa da atmosfera, criar cidades e sistemas alimentares resilientes, proteger nascentes e mananciais, garantindo a produção de água, combater a desertificação e a fome, gerar emprego e renda. A ideia é tornar a restauração natural um elemento estrutural e constitucional, sendo uma política de Estado a ser seguida independentemente de governos.

Esse projeto, se aprovado, trará muito mais do que preservação ambiental. Estudo do Instituto Escolhas que nos instigou a apresentar o PL prevê que o compromisso de recuperação de florestas gerará R$ 776,5 bi em receitas líquidas, criação de 5,2 milhões de novos empregos e a produção de 156 milhões de toneladas de alimentos.

Portanto, é um instrumento de construção do Brasil do futuro, com a agenda ambiental no centro do projeto de desenvolvimento nacional com ganhos econômicos e sociais para toda a sociedade. Tenho a convicção de que não há investimento mais vantajoso que um país possa fazer.

 

(*) Leonardo Silva

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Last Update: 03/07/2024