Diante da atitude autoritária do Faísca de tentar impedir nossa passagem na plenária final da UNE, houve um empurra-empurra entre o Rebeldia e o Faísca, em que eles vieram pra cima e nós nos defendemos. Mas houve um disparo de spray de pimenta que condenamos energicamente. Depois de muita apuração, identificamos que um estudante que estava em nossa delegação cometeu esta ação individual e unilateral completamente equivocada.

Queremos declarar que desautorizamos completamente esta ação. Não foi feita em nosso nome e se trata de um erro individual de um estudante da base da nossa delegação.

Primeiro, pedimos desculpas a todos os estudantes do plenário, em especial do Faísca. Em especial, também, ao Juntos, pois a bancada foi afetada pelo gás. Mas também devemos desculpas a todos do plenário.

Não é nosso método, concepção ou linha política ações desse tipo. Defendemos a democracia operária, nenhuma coação ao livre debate ou ao direito de ir e vir, nenhuma violência que vise interditar a força dos argumentos no interior do movimento operário ou estudantil. Pelo contrário, nascemos lutando contra essa prática introduzida pelas burocracias e pelo stalinismo.

E, neste caso, ainda que estivéssemos apenas defendendo nosso direito de acessar nosso lugar no plenário, não se justifica a utilização de gás de pimenta. Não tínhamos orientação ou objetivo de fazer isso.

Por isso, estávamos prezando pela construção da maneira mais saudável possível dos espaços do congresso assim como da Oposição de Esquerda.

O que aconteceu detalhadamente?

Minutos antes, o Faísca teve a postura autoritária de tentar impedir a passagem de alguns militantes do Rebeldia que carregavam o almoço para o plenário antes da nossa bancada chegar. Nenhuma organização impede o trânsito dos ativistas que organizam e preparam as coisas pelo plenário, ainda mais porque a disposição do espaço foi previamente acordada entre todos coletivos.

Mas após isso, mais uma vez, eles tentaram impedir a passagem de seis militantes do Rebeldia que estavam prestes a ajudar na organização do espaço destinado a nós no plenário, para a chegada da coluna.

Nesse momento, o Faísca impediu a nossa passagem fazendo uma barreira física e gritando. Ao tentarem entrar, os militantes começaram a ser agredidos pelo Faísca e houve um empurra-empurra. É isso que pode ser visto nos vídeos divulgados pelo próprio Faísca, em que ficam perceptíveis as agressões do Faísca e a nossa militância se defendendo.

Nós não temos vídeos porque ninguém nosso filmou. Não tínhamos a intenção de entrar em confronto com ninguém, mas sim apenas entrar no nosso espaço no plenário.

É neste contexto que acontece o erro individual de um estudante da nossa delegação. Uma atitude completamente equivocada que prejudicou o congresso.

Há que cessar as provocação autoritárias do Faísca

Desde o primeiro dia do Congresso da UNE (Conune), o Faísca tem adotado uma postura de intimidação e provocação contra a nossa militância.

Durante a manifestação que fizemos no ato do Lula, os militante do Faísca empurraram nossa militância e puxaram a blusa de uma companheira, com um nítido objetivo de intimidar.

Na plenária anterior de resoluções, o Faísca tensionou com todas as organizações da Oposição de Esquerda com empurrões e atitudes provocativas. Gritaram e coagiram duas militantes nossas no caminho pro banheiro

Esta postura não ajuda a construir um movimento estudantil democrático e sadio.

Por fim, fazemos um apelo para que se cessem todas as provocações e hostilidades entre o Faísca e nós.

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Last Update: 20/07/2025