O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou nesta quinta-feira que a contribuição das Forças Armadas para o ajuste fiscal será de 2 bilhões de reais ao ano. Isso representa menos de 1% na economia projetada com o pacote de medidas em 2030.
Desse valor, será 1 bilhão de reais em economia de despesas e mais 1 bilhão de reais em aumento de receitas. A economia estimada pelo pacote de corte de gastos obrigatórios é de 71,9 bilhões de reais em 2025 e 2026 e em 327 bilhões de reais de 2025 a 2030, segundo a Fazenda.
No caso dos militares, as mudanças incluem o fim da morte ficta, benefício concedido a militares condenados por crimes ou expulsos das Forças Armadas, que garantia 100% das pensões para seus familiares, mesmo valor dado a parentes de militares mortos.
As Forças também deverão estabelecer idade mínima para passagem dos agentes para a reserva remunerada. Além disso, a remuneração da contribuição para o Fundo de Saúde até janeiro de 2026 fica em 3,5%.
Ao anunciar, Haddad fez um aceno às Forças Armadas, elogiando pelo “acordo” feito com Lula e o ministro da Defesa, José Múcio. “Estamos fazendo apelo para todos os poderes e todos os ministérios de se engajar nesse desafio de reequilibrar as contas públicas. Isso vale para empresário, para servidor público, para todo mundo. Todo mundo que tem algo que destoa da média do cidadão brasileiro”, disse.