Um dia após o início da guerra comercial entre Estados Unidos e Canadá, o presidente americano Donald Trump voltou a defender a anexação do território canadense. Em suas redes sociais, o republicano reforçou a necessidade de impor tarifas sobre bens de países aliados. Com informações de Jamil Chade, do Uol.
“Nós pagamos centenas de bilhões de dólares para subsidiar o Canadá. Por quê? Não há motivo”, escreveu Trump.
Ele argumentou que os EUA possuem recursos energéticos abundantes, capacidade para fabricar seus próprios veículos e grande oferta de madeira, questionando a dependência do Canadá. “Sem esse subsídio maciço, o Canadá deixa de existir como um país viável. É duro, mas é verdade! Portanto, o Canadá deve se tornar nosso querido 51º Estado”, declarou.
Retaliação canadense
A declaração de Trump veio após o anúncio de tarifas de 25% sobre produtos canadenses e mexicanos, com exceção do setor energético, taxado em 10%. Em resposta, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou medidas retaliatórias, incluindo tarifas de 25% sobre produtos americanos, principalmente de estados republicanos.
Em um discurso emocionado, Trudeau destacou a histórica aliança entre os dois países em guerras e crises humanitárias. “Fizemos o luto ao lado de vocês”, afirmou, dirigindo-se aos americanos.
Impactos econômicos e inflação
A reação de Trump, dobrando a aposta na disputa, foi vista por diplomatas como uma provocação e um fator de aumento da tensão. O presidente americano admitiu que sua política de tarifas poderia gerar dificuldades econômicas. “Haverá alguma dor? Sim, talvez (e talvez não!)”, escreveu.
Especialistas alertam que uma barreira comercial poderia elevar o custo da energia nos EUA, já que o Canadá abastece 60% do mercado americano de petróleo. Estudos indicam que as tarifas impostas por Trump em 2018 resultaram na incorporação de custos extras ao preço final dos produtos, com impacto estimado de US$ 860 bilhões anuais para os consumidores americanos.
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