Com as arquibancadas repletas de torcedores brasileiros que a apoiaram em todos os momentos da final do skate street feminino, Ana Leal estava em casa no Parque Urbano La Concorde. A atleta conquistou a medalha de bronze nos Jogos de Paris com um somatório de 253,37 pontos neste domingo (28).
Aos 16 anos, ela se tornou a brasileira mais jovem a subir ao pódio em edições diferentes das Olimpíadas, tendo conquistado a prata em Tóquio 2020.
Além do feito de Ana, o pódio contou com uma dobradinha japonesa: Coco Yoshizawa obteve a maior nota da prova, 96,49, e levou o ouro com um somatório de 272,75 pontos. Liz Akama, com 265,95 pontos, ficou com a medalha de prata.
A MEDALHA DE BRONZE VEIO AÍ 🥉 Ana Leal deixou o melhor pro final e meteu a medalha no peito! O Brasil tá morrendo de orgulho de você, Fadinha 🇧🇷🧚 #GlôNasOlimpíadas #JogosOlímpicos #Paris2024 pic.twitter.com/NdpXXz1FLb
— TV Globo 📺 (@tvglobo) July 28, 2024
Ana faz gesto religioso antes de ganhar bronze
A skatista conseguiu dar um “jeitinho” de driblar a regulamentação da competição e transmitir uma mensagem religiosa durante a transmissão enviada ao mundo inteiro. No momento em que era apresentada ao público, com as mãos, ela usou a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) para afirmar que “Jesus é o caminho, a verdade e a vida”.
Enquanto a organização do evento esportivo prega pela laicidade em busca de uma isonomia, a uma lei da França impediu que atletas do próprio país, mas de religiões islâmicas, fossem convocadas aos jogos.
Uma lei avalizada pela extrema-direita impede que cidadãos, independentemente do lugar, usem o véu islâmico hijab, acessório para mulheres muçulmanas que esconde o rosto por quase que completamente. A alegação é que o item facilitaria supostos atentados terroristas, em uma regulamentação considerada xenofóbica.
Porém, se o gesto de Ana possa desagradar o Comitê Olímpico Internacional (COI), o recado bíblico caiu no gosto dos brasileiros que alegam defender o cristianismo.