O PL formalizou na segunda-feira 22 a candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro. Ainda não houve, porém, o anúncio do vice.
O ex-presidente Jair Bolsonaro não participou da convenção. Entre os que marcaram presença no evento estão o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Pazuello.
Ramagem é uma peça central na investigação sobre um suposto esquema de espionagem clandestina por meio da Agência Brasileira de Inteligência, da qual o deputado foi diretor-geral entre 2019 e 2022, sob o governo Bolsonaro.
Em 11 de julho, com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, a Polícia Federal deflagrou a 4ª fase da Operação Última Milha.
O objetivo da operação, segundo a PF, era desarticular uma organização criminosa que monitorava ilegalmente autoridades públicas, além de produzir notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Abin.
Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.
Além disso, o cenário eleitoral para Ramagem é negativo, conforme pesquisas de intenção de voto. Um levantamento Datafolha divulgado em 5 de julho mostrou o prefeito Eduardo Paes (PSD) com 53% das intenções de voto.
Em seguida aparecem Tarcísio Motta (PSOL), com 9%, e Ramagem, com 7%. Os pré-candidatos do Unidade Popular, Juliete Panjota, e do PSTU, Cyro Carcia, têm 3% cada. Considerando a margem de erro da pesquisa, de três pontos percentuais, os quatros estão tecnicamente empatados na segunda posição.