Mais uma vez, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) e sua base parlamentar na Câmara Municipal de Salvador mostram de que lado estão: dos grandes empresários dos transportes, e não do povo pobre, explorado e oprimido.
O povo soteropolitano já sofria com a tarifa mais cara do Nordeste. Com o aumento de R$ 0,40 centavos anunciado, que passará a valer a partir deste sábado (4), a capital baiana terá a quinta tarifa mais cara entre as capitais do país (R$ 5,60), acima de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Isso, enquanto a cidade amarga os piores índices sociais entre as capitais (pobreza, desemprego, desnutrição infantil, violência, etc.).
Durante as eleições, Bruno Reis se apresentou à população como um prefeito do povo, atento às demandas populares e sociais. Nós, do PSTU, por meio de nossas candidaturas, dissemos com todas as letras: trata-se de um governo antipopular, a serviço dos ricaços e milionários da cidade, que exploram a maioria do nosso povo, mantendo-o na pobreza, enquanto privatiza os serviços públicos para dar ainda mais dinheiro aos já ricos.
Não bastou dois dias do novo mandato para que esse diagnóstico se confirmasse novamente. Mais uma medida antipopular, entre tantas. Basta lembrarmos do recente aumento do IPTU, onerando as despesas das famílias, enquanto os vereadores e prefeito reajustaram seus supersalários. Não é, portanto, um caso excepcional, mas expressa a própria natureza do governo: burguês, de ataque às condições de vida dos trabalhadores e da população pobre.
Revogação, já!
Manifestamos nosso repúdio a este aumento e exigimos sua imediata revogação. Pensamos que esse sentimento é geral entre a população trabalhadora e pobre da cidade. Insistimos que enquanto o transporte for mercadoria e não direito social, ele estará à serviço da acumulação de riqueza nas mãos de poucos, enquanto a população se verá cada vez mais excluída do acesso devido aos constantes aumentos das tarifas.
Defendemos a imediata divulgação das planilhas de custos do transporte municipal e dos lucros das empresas. O sigilo desses dados, que são do interesse de toda a sociedade, apenas servem à conspiração de empresários monopolistas do setor com a prefeitura, que todo ano alegam, sem provas, que o sistema dá prejuízo, para justificar os sucessivos aumentos.
Alertamos, portanto, que a única saída para resolvermos de fato o problema do transporte caro e de péssima qualidade que temos hoje é colocá-lo a serviço e sob o controle dos trabalhadores e da população usuária, por meio da estatização sem indenização de todo o sistema de transporte coletivo.
Isso possibilitará de imediato a instituição do passe livre para estudantes e desempregados e de uma tarifa social, cuja única finalidade seja a manutenção e melhoramento do transporte coletivo da cidade, e não o lucro de poucos empresários. Esses medidas serão transitórias rumo à garantia da tarifa zero para todos, isto é, o acesso livre e gratuito ao transporte coletivo, a ser assegurado pelo Estado. Nada mais justo que defendermos a expropriação dos nossos expropriadores, que se utilizam do poder sobre uma concessão pública para saquear permanentemente a população.
Por fim, convocamos a população, em particular a juventude, a se manifestar contra esse aumento, a demonstrar sua insatisfação por meio de ações coletivas e protestos de rua. Somente por meio da luta direta será possível reverter essa medida e avançar em nossas reivindicações. Junte-se a nós nessa luta. Todos ao ato público que será realizado na próxima segunda-feira (6), às 15h, em frente ao Shopping da Bahia.
— Não ao aumento da tarifa! R$5,60 é roubo!
— Derrubar esse aumento nas ruas!
— Abertura das contas do sistema de transporte! Chega de enganação!
— Passe livre para estudantes e desempregados e redução do preço a uma tarifa social, rumo à tarifa zero para todos!
— Pela estatização do sistema de transporte, sem indenização e sob o controle dos trabalhadores e da população pobre!
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