A inovação é prioridade para muitas empresas que buscam manter relevância no mercado e gerar resultados concretos.
No entanto, transformar essa intenção em projetos mensuráveis ainda é um desafio para boa parte das organizações.
Segundo Rodrigo Miranda, CEO da G.A.C. Brasil, o primeiro passo é criar uma cultura de inovação orientada a resultados.
A consultoria integra o G.A.C. Group, com atuação em países como França, Alemanha, Romênia, Canadá, Singapura e Marrocos.
Inovação não deve ficar restrita a um único departamento
De acordo com Miranda, um dos erros mais comuns é concentrar a responsabilidade pela inovação em apenas uma área da empresa.
“É preciso dar espaço para que todos possam propor novas ideias. Nem todas serão implementadas, mas faz parte da cultura da inovação estar sempre aberto a propostas e incentivar que a equipe tenha liberdade para se expressar. A colaboração interna é uma ferramenta importante para as organizações”, afirma.
Segundo o especialista, muitas soluções surgem justamente de setores como Produção ou Finanças, onde os profissionais vivenciam os principais desafios do dia a dia.
Gestão da inovação precisa ser estruturada
Mais do que gerar ideias, Miranda reforça que é essencial implementar um sistema de gestão da inovação robusto.
Esse processo deve incluir metas claras, indicadores de desempenho e conexão direta com os objetivos estratégicos da companhia.
Além disso, a adoção de boas práticas pode ampliar o acesso a recursos financeiros públicos e privados e aumentar a elegibilidade a incentivos fiscais, como a Lei do Bem.
Dez ações para estruturar a inovação nas empresas
A seguir, Miranda lista dez estratégias que podem ajudar as empresas a transformar ideias em projetos de impacto:
1. Promover atividades que estimulem a criatividade
Organizar workshops, sessões de ideação e benchmarking para gerar novas propostas e envolver diferentes áreas da empresa.
2. Incentivar a colaboração interna de forma contínua
Criar canais para coleta e avaliação de ideias, valorizando as contribuições, mesmo as que fogem do escopo inicial.
3. Criar comitês multidisciplinares de inovação
Formar grupos com representantes de várias áreas para dar voz a diferentes perspectivas e garantir que os projetos sejam integrados.
4. Avaliar a viabilidade estratégica de cada iniciativa
Analisar custos, potencial de geração de valor, mitigação de riscos e elegibilidade a incentivos fiscais antes de avançar com os projetos.
5. Estabelecer estruturas de governança sólidas
Definir responsabilidades claras e indicadores que permitam acompanhar o progresso de cada ação de inovação.
6. Mapear projetos de P,D&I fora da área de inovação
Identificar iniciativas em outras áreas da empresa que podem ser reconhecidas como projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
7. Firmar parcerias com Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs)
Ampliar a capacidade de inovação com apoio técnico e científico, além de maximizar os benefícios fiscais.
8. Estimular a conexão com startups
Explorar novas tecnologias e soluções com apoio de empresas emergentes que atuam com modelos ágeis e disruptivos.
9. Adotar ferramentas digitais de gestão da inovação
Utilizar plataformas especializadas para organizar projetos, gerir dados e potencializar o acesso a programas de fomento, como a Lei do Bem, Programa Mover e Lei da Informática.
10. Contar com apoio especializado
Buscar consultorias com experiência em gestão da inovação para estruturar os processos e identificar oportunidades de captação de recursos.
Ao adotar essas práticas, as empresas podem transformar a inovação em um processo estruturado, com impacto direto nos resultados e na competitividade.