A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, nesta terça-feira 22, tornar réus mais seis acusados pela Procuradoria-Geral da República na investigação da trama golpista de 2022.

Com a decisão, chega a 14 o número de réus no processo que julgará a participação de figuras de peso do governo de Jair Bolsonaro (PL) e do círculo militar na tentativa de golpe de Estado.

Além do ex-presidente, sete pessoas se tornaram rés em março, na análise do chamado núcleo 1 da conspiração: Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

O julgamento desta terça-feira se refere ao núcleo 2 e levou ao banco dos réus Silvinei Vasques, Marília Ferreira de Alencar, Fernando de Sousa Oliveira, Filipe Martins, Marcelo Costa Câmara e Mário Fernandes.

Próximos passos

O STF ainda analisará a denúncia contra os núcleos 3, 4 e 5 da trama golpista.

O núcleo 3, cuja denúncia irá a julgamento entre 20 e 21 de maio, envolve 12 pessoas. É um grupo formado apenas por militares e apontado pela PGR como aquele que tentava agir para que o Exército apoiasse um eventual golpe.

Estão no terceiro núcleo Estevam Gaspar de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Wladimir Matos Soares, Bernardo Romão Corrêa Netto, Cleverson Ney Magalhães, Fabrício Moreira de Bastos, Marcio Nunes de Resende Júnior, Nilson Diniz Rodriguez, Sérgio Cavaliere de Medeiros e Ronald Ferreira de Araújo Júnior.

Já a acusação contra as sete pessoas do núcleo 4, ao qual a PGR atribui as tarefas de desinformação, será julgada entre 6 e 7 de maio. O órgão diz que elas propagaram notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e o processo eleitoral.

Estão na lista Ailton Gonçalves Moraes Barros, Ângelo Martins Denicoli, Carlos César Moretzsohn Rocha, Giancarlo Gomes Rodrigues, Guilherme Marques de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet e Reginaldo Vieira de Abreu.

O núcleo 5, por fim, é tachado como uma espécie de desdobramento do núcleo de desinformação. Ele é composto por apenas uma pessoa: Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, comunicador ligado a Bolsonaro e neto do ex-ditador João Figueiredo. Ainda não há data para a análise da denúncia contra ele.

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Last Update: 22/04/2025