Marcelo Nascimento da Rocha, conhecido como Marcelo VIP, um dos maiores golpistas do Brasil, morreu nesta terça (9) em Curitiba (PR), aos 49 anos, devido a complicações relacionadas à cirrose. Conhecido por suas fraudes, ele ficou famoso em 2001 ao se passar por um dos fundadores da Gol durante festa no Recife (PE).
Na ocasião, ele virou notícia no Brasil e no exterior por fingir ser Henrique Constantino, um dos fundadores da companhia aérea, e conceder entrevistas. O caso inspirou o filme “VIPs – Histórias reais de um mentiroso”, lançado em 2011 e estrelado por Wagner Moura.
Ao longo de sua vida, Marcelo acumulou uma série de condenações, incluindo crimes como associação ao tráfico, estelionato, roubo de avião e falsidade ideológica. Ele também se fez passar por músico, atleta e até filho do proprietário da Gol.
Morador de Cuiabá, Marcelo cumpriu penas na Penitenciária Central do Estado, onde foi detido 12 vezes e conseguiu fugir em seis ocasiões. Em 2014, após cumprir quatro anos, ele foi transferido para o regime semiaberto, mas, como não havia vagas para esse regime, ele passou a cumprir sua pena em casa, com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Em 2018, ele foi preso novamente, acusado de falsificar documentos para obter progressão no regime penal. Após sua última saída da prisão, Marcelo procurou reconstruir sua vida, atuando como palestrante e escritor.
O advogado Nilton Ribeiro, que representava Marcelo há mais de 15 anos, confirmou a morte do golpista e afirmou que ele era uma pessoa “incrível”. “Um cliente que se tornou um grande amigo”, disse o defensor.
O velório de Marcelo VIP ocorre na tarde desta quarta (10), em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, onde ele será sepultado.