Fhillip da Silva Gregório, traficante conhecido como “Professor” – Foto: Reprodução

Na noite de domingo (1), o traficante Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, morreu após ser atingido por um tiro na cabeça. Ele era um dos principais chefes do Comando Vermelho (CV) e estava foragido desde 2018, vivendo escondido no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

De acordo com a Polícia Civil, a investigação aponta para suicídio, já que ele apresentava um disparo na têmpora. O criminoso foi levado em estado grave para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, na Zona Norte do Rio, mas não resistiu aos ferimentos.

Professor era responsável por fornecer armas para a expansão do Comando Vermelho na Zona Oeste e controlava a favela da Fazendinha. Ele fez procedimentos estéticos como tratamento dentário, implante capilar e lipoaspiração, realizados em clínicas clandestinas, para dificultar o reconhecimento.

Trajetória no crime

Fhillip foi preso pela primeira vez em 2012, carregando comprovantes de depósitos feitos para traficantes. Anotações contábeis encontradas em sua casa revelaram sua atuação no esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens.

Em 2015, foi capturado em um sítio em Seropédica, onde a Polícia Federal encontrou 100 quilos de cocaína. Interceptações telefônicas mostraram que, em apenas 15 dias, ele movimentou cerca de R$ 1 milhão com a venda de drogas e armas.

Professor também foi investigado por homicídio em 2021, após a execução de um homem em um baile funk na Fazendinha.

Segundo o delegado, “as execuções, quando praticadas dentro de comunidades dominadas pelo tráfico, só ocorrem com aquiescência ou determinação por parte daqueles que se intitulam ‘donos’”.

Um vídeo que circulou em redes sociais, em 2021, mostrava fuzis com o nome “Professor”, chamando a atenção de policiais e mostrando o poderio do traficante na facção.

Fuzis com o nome do traficante “Professor” – Foto: Reprodução

Um relatório da PF também mostrou que o criminoso negociou propina com PMs, que reclamaram do valor pago semanalmente.

Na comunidade em que atuava para o tráfico, Professor construiu uma casa com piscina e hidromassagem. Do local, ele tinha uma ampla visão da região da Fazendinha.

Piscina instalada em cobertura que pertenceria ao traficante Professor na Fazendinha, interior do Complexo do Alemão – Foto: Reprodução

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Last Update: 02/06/2025