
A cantora Ana Bárbara Buhr Buldrini, de 31 anos, conhecida artisticamente como Ana B, morreu no último domingo (15) durante uma cirurgia plástica na Turquia. Nascida em Belo Horizonte, a artista ficou conhecida cantando funk e, em 2016, deixou o Brasil para perseguir seu sonho de carreira internacional, estabelecendo-se entre a Europa e a África.
Com cerca de 800 mil seguidores no Instagram, Ana B dividia sua vida entre o Brasil e Moçambique, onde morava com seu marido e empresário, Elgar Miles de Hermes Souza. O casal, que se conheceu em um estúdio de tatuagem em Roma, havia se casado há pouco mais de um mês, no dia 3 de maio, e compartilhava sua rotina musical e de viagens com os fãs nas redes sociais.
A tragédia ocorreu durante um procedimento que incluía lipoaspiração, mamoplastia e rinoplastia, realizado por meio de um sistema de permuta patrocinado por uma instituição turca.
Bruno Buhr, irmão da artista, revelou que a cirurgia foi antecipada em quatro dias: “Minha irmã não estava preparada, eles aceleraram o processo e obviamente fizeram de qualquer jeito”.
Os detalhes do dia revelam uma sequência de eventos preocupantes. Na véspera da cirurgia, marcada inicialmente para quarta-feira (18), Ana e o marido haviam saído com o médico responsável e sua família para bares em Istambul, consumindo bebidas alcoólicas. No dia seguinte, o médico informou que uma cliente havia cancelado e ofereceu realizar o procedimento imediatamente.
“O médico garantiu que não havia problemas e que tudo correria bem”, relatou Elgar, que questionou a segurança de operar após a noite de festa. Ana entrou na sala de cirurgia às 19h de domingo, mas às 3h da madrugada o marido foi surpreendido com a notícia de sua morte, após receber informações contraditórias da equipe médica.
As autoridades turcas iniciaram investigações sobre o caso. Em nota, a Direção Provincial de Saúde de Istambul afirmou que “a causa exata da morte será esclarecida como resultado da autópsia”. Enquanto isso, a família prepara o traslado das cinzas para Belo Horizonte e busca justiça.
“Ela sempre foi uma pessoa muito batalhadora e espontânea”, lembrou Bruno sobre a irmã que ousou seguir seus sonhos internacionais. Ana B havia lançado sua última música apenas dois dias antes da tragédia.