O ator Gene Hackman, de 95 anos, e sua esposa, a pianista clássica Betsy Arakawa, de 63 anos, foram encontrados mortos na tarde desta quarta-feira (26) em sua residência em Santa Fé, no Novo México, junto com seu cachorro. As autoridades locais informaram que não há suspeitas de crime, mas a causa das mortes ainda não foi divulgada.
Betsy Arakawa nasceu no Havaí no início dos anos 1960 e teve uma carreira dedicada à música clássica. Ela e Gene se conheceram em meados dos anos 1980, quando ela trabalhava meio período em uma academia na Califórnia enquanto seguia sua paixão pela música. O casamento dos artistas foi realizado em 1991, após o término da primeira união de Hackman com Faye Maltese, com quem ele esteve unido de 1956 a 1986.
Em entrevistas, Hackman falou sobre o relacionamento com Arakawa, destacando que não deixou sua primeira esposa por uma mulher mais jovem, mas sim que o casamento anterior havia se desgastado com o tempo.
“Quando você trabalha neste negócio, o casamento exige muito trabalho e amor”, disse ele em entrevista à revista South Florida Sun-Sentinel, dos Estados Unidos.
Betsy era conhecida por sua discrição, sem presença em redes sociais e com poucas aparições públicas. “Onde moramos, em Santa Fé, você pode viver sua própria vida e não se incomodar com as últimas fofocas”, afirmou Hackman em entrevista ao Irish Independent. Ela era madrasta dos três filhos do ator: Christopher Allen, Leslie Anne e Elizabeth Jean.
O casal vivia em Santa Fé desde os anos 1980, longe dos holofotes de Hollywood. Hackman e Arakawa levavam uma vida tranquila e reservada, focada em suas paixões pessoais. A morte do casal chocou fãs e colegas de profissão, que relembram o legado de Hackman como um dos atores mais talentosos e versáteis de sua geração.
Gene Hackman é considerado uma das maiores estrelas de Hollywood, com uma carreira que se estende por mais de seis décadas. Ele conquistou dois Oscars: o primeiro de Melhor Ator por “Operação França” (1971) e o segundo de Melhor Ator Coadjuvante por “Os Imperdoáveis” (1992).
Além disso, ele brilhou em filmes icônicos como “Bonnie e Clyde” (1967), “A Conversação” (1974) e “Superman” (1978), no qual interpretou o vilão Lex Luthor.
Hackman decidiu se aposentar da atuação em 2004, após o filme “Bem-Vindo a Mooseport”. Desde então, dedicou-se à escrita e à pintura, publicando alguns livros. Em 2014, ele creditou parte de seu sucesso como escritor à influência de Betsy.
“Se de fato eu tenho um estilo (de escrever), ele veio de edições repetidas, sugestões de amigos e leituras específicas e inabaláveis da minha esposa”, disse ele ao podcast Writer’s Bone.
