Fernanda Dantas Garrido Ribeiro, de 40 anos, foi morta pelo marido, Arthur Henrique Franco Ribeiro de Paula, de 38, durante uma confraternização familiar na noite desta quinta-feira (1º), em uma pousada localizada na orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. O casal estava casado desde 2018.
De acordo com informações da polícia, Arthur usou um facão para matar Fernanda e fugiu do local. Ele foi capturado horas depois do crime.
No momento do assassinato, o casal e outros familiares estavam reunidos para celebrar o feriado do Dia do Trabalhador. Parentes de Arthur afirmaram que ele tinha diagnóstico de esquizofrenia.
Quem era Fernanda Dantas?
Fernanda nasceu no Rio de Janeiro e, em Belo Horizonte, trabalhava como gerente em uma loja de roupas femininas. Ela usava as redes sociais para compartilhar momentos com amigos, fotos com o marido e também suas participações em eventos profissionais.
Em junho de 2021, ela fez uma declaração ao companheiro, dizendo: “Você sabe como eu amo você, e em nenhum momento o vejo fora da minha vida. Eu me orgulho cada dia mais por nós dois, por nos darmos bem, por nosso casamento ter dado certo.”
Amigas de Fernanda a descreveram como “uma pessoa maravilhosa, fácil de lidar e muito querida”. Elas também relataram que o relacionamento do casal passou a ser conturbado. Segundo elas, os dois chegaram a se separar por um tempo, mas decidiram reatar há cerca de duas semanas.
“A Fernanda era uma pessoa muito querida por nós, era animada, gostava de estar com os amigos, e sempre vinha com um sorriso, mas, depois de um tempo, ela perdeu o sorriso e o brilho pelos abusos do marido”, disse uma das amigas ao G1.
Já a outra amiga afirmou: “Ela vivia um relacionamento totalmente abusivo, com um cara agressivo nas palavras e em atitudes terríveis. Não acreditamos na versão da família de que ele estava deitado e do nada foi lá atingir ela com um facão. Ele era totalmente manipulador, a tratava mal. Não aceitava tomar remédios.”
O crime
De acordo com a família, Arthur foi diagnosticado com transtorno esquizofrênico e estava realizando tratamento, mas o acompanhamento foi interrompido há cerca de um ano. No momento do crime, ele havia consumido meia garrafa de vinho e cerveja sem álcool.
Antes do assassinato, Arthur estava assistindo à televisão no mesmo cômodo onde estavam sua mãe e seu irmão. Em determinado momento, ele se levantou, pegou um facão, foi até a área externa onde Fernanda conversava com a cunhada e a atacou com diversos golpes na nuca.
O irmão de Arthur tentou intervir, conseguiu conter o agressor e se trancou no banheiro com outros parentes.
Após o crime, Arthur fugiu da pousada em um carro. Ele foi encontrado horas depois, na MGC-135, perto de Curvelo, na Região Central do estado.
O homem foi levado para o Hospital Municipal Imaculada Conceição e, posteriormente, encaminhado à delegacia de Polícia Civil. A polícia apreendeu o veículo usado na fuga, mas não encontrou a arma do crime.
Os familiares não souberam explicar o que motivou o assassinato. Relataram que o casal havia tido um desentendimento anteriormente, mas que havia se reconciliado e até planejava uma viagem ao Chile nas próximas férias.
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