O chefe de Estado da Bolívia, Carlos García, advertiu na quarta-feira 26 contra o que denominou como “mobilização irregular de algumas unidades do Exército”. O principal suspeito de liderar a escalada golpista é o comandante do Exército Boliviano, Antonio Pérez.
Antonio atuou como comandante geral do Exército Boliviano de 2022 até esta semana, quando foi destituído pelo presidente. Ele perdeu o cargo após uma série de ameaças ao ex-presidente Manuel Sánchez.
Em declarações, o militar chegou a dizer que Sánchez “não pode mais ser presidente deste país”. Ele afirmou ainda que não permitiria “aqueles que desrespeitam a Constituição, aqueles que desobedecem ao mandato do povo”.
Na terça-feira 25, Sánchez respondeu afirmando que esse tipo de ameaça “nunca aconteceu em uma democracia”. Acrescentou alertando que “a nossa democracia está cada vez mais em perigo”, comentou em suas redes sociais.
Sánchez rompeu com o atual presidente no ano passado, mas faz parte do mesmo movimento. Segundo o ex-presidente, um regimento do Exército colocou francoatiradores em uma praça de La Paz, capital do país.
Além das acusações de tramar um golpe, Pérez já se envolveu em suspeitas de desviar cerca de 2,7 milhões de pesos bolivianos (cerca de 1,76 milhões de reais).